Esta será a nova meta, segundo análise divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, diante do quadro de incertezas por que passamos.
A Confederação Nacional da Indústria órgão que reúne o setor industrial brasileiro, apresentou suas novas previsões para o PIB Brasileiro em 2020. Ao invés do crescimento projetado de 2,5% que foi divulgado no início deste ano, neste momento da pandemia e da quarentena que assola o país a nova projeção aponta para uma queda de 4,2%.
Para a CNI, isso ainda vai depender do grau de sucesso das medidas econômicas tomadas para reduzir os impactos da crise provocada pelo coronavírus. Através do seu Informe Conjuntural foram traçados três cenários para 2020: um pessimista, um base e um otimista.
De acordo com a CNI, no cenário mais provável, o PIB industrial vai recuar 3,9% neste ano em relação ao ano passado. Em um cenário pessimista, a queda será de 7%. Na melhor das hipóteses, espera-se retração de 1,8% do PIB industrial.
Segundo o presidente da CNI Robson Braga de Andrade: “A expectativa é de que as medidas econômicas para enfrentar a crise vão, neste cenário, possibilitar uma recuperação mais rápida, impedir a falência de um grande número de empresas e o aumento significativo do desemprego, além de reduzir os impactos sobre problemas logísticos, falta de insumos e sobre o emprego e, assim, possibilitar uma recuperação mais rápida”.
Em um cenário otimista, embora considerado menos provável pela CNI, as medidas econômicas de proteção da renda e de acesso ao crédito vão evitar que os efeitos econômicos de março e abril tenham impactos permanentes, com queda significativa do emprego e da renda e que não desestruturem os canais de distribuição e acesso aos insumos.Segundo a CNI, a simulação prevê que não será possível evitar totalmente o fechamento de empresas, a queda do faturamento e dificuldade de acesso ao crédito, o que tornará os empresários mais cautelosos, com efeitos negativos diretos sobre o PIB.Há também o fato de o comércio internacional ter sido bastante afetado pela pandemia, o que dificultará o crescimento das exportações brasileiras. Esse cenário, acrescenta a CNI, também depende da evolução da pandemia, pois ainda não se sabe se o avanço do coronavírus vai permitir o relaxamento das medidas mais duras de distanciamento social.Na avaliação da CNI, o governo precisa continuar na busca pela redução da dívida pública, comprometido com o equilíbrio fiscal e com o controle da inflação, para aumentar a confiança no país e a atração de investimento.
Complementando Braga de Andrade diz que ”A CNI lembra que uma série de medidas foram adotadas pelo governo federal para enfrentar a crise de saúde pública e econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Mas, para a CNI, a questão agora é garantir que essas medidas sejam efetivas e tenham a intensidade necessária.Além disso, a confederação destaca que ainda faltam novas medidas para que as empresas tenham acesso aos recursos disponíveis para financiamento.Em momentos de elevado risco, como o atual, as instituições financeiras elevaram os custos e as exigências de garantias para realizar as operações. Para a CNI, a saída para o problema do acesso ao crédito exige que o risco seja assumido pelo Tesouro Nacional, como ocorreu na Europa e nos Estados Unidos.“É o único modo de se minimizar pedidos de falência de uma grande quantidade de empresas e o desaparecimento dos empregos”, complementou.