Instituto Aço Brasil – IABR afirma que futuro da indústria siderúrgica brasileira ainda é de muitas incertezas.

S
egundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil em 18 de junho ultimo relativo ao desempenho do setor em maio os números foram menos tenebrosos do que indicavam no inicio do processo do confinamento. A produção nacional de aço bruto foi de 2,2 milhões de toneladas, com um aumento 20,8% em relação ao mês anterior e as vendas internas com crescimento de 22,6% em comparação com o mês de abril. O consumo aparente de aço também cresceu 19,7% e as exportações foram superiores em 6,5%, em relação a abril.

Já em relação aos cinco meses iniciais de 2020, com relação ao mesmo período do ano passado a produção brasileira de aço bruto foi de 12,1 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 15,9%. A produção de laminados no mesmo período foi de 8,5 milhões de toneladas, 13,4% menor do que o registrado em 2019. A produção de semiacabados para vendas totalizou 3,3 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2020, uma redução de 11,4% na mesma base de comparação*.

As vendas internas foram de 6,8 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2020, o que representa uma queda de 12,3% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 7,6 milhões de toneladas no acumulado até maio de 2020, o que representa uma redução de 12,6% frente ao ocorrido nos cinco primeiros meses de 2019.

“Apesar do 1º semestre não ter sido tão negativo quanto o previsto no início da crise provocada pela pandemia do COVID-19 no mundo, os números demonstram a gravidade da crise de demanda que a indústria de aço está enfrentando. Mesmo com o início da flexibilização do isolamento social, que vínhamos defendendo, sempre com base em protocolos de segurança que protejam a população, o futuro próximo ainda é de muita incerteza”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.

Neste mês de maio a ocupação da indústria subiu para 51% da capacidade instalada frente a 40,8% registrado no mês anterior e com a expectativa de que a retomada do mercado interno ocorra de forma gradativa. Com isso as exportações se apresentam como alternativa para melhorar essa condição.

Segundo a nota: “Para tanto é necessário que o governo aprove de imediato o aumento do Reintegra para corrigir parcialmente as assimetrias competitivas na exportação, com o ressarcimento dos resíduos tributários”, afirma Lopes.

O Aço Brasil também divulgou o Índice de Confiança da Indústria do Aço do mês de maio, que retrata essa situação.

“O ICIA, que atingiu o índice de 46,9 pontos, indica que os CEO´s do setor estão menos pessimistas quanto à situação atual e melhoraram suas expectativas em relação aos próximos seis meses”, finaliza Marco Polo.

Fonte: Assessoria de Imprensa