Felizes são aqueles que já entenderam que a vida é um ciclo. Na vida pessoal: quem foi adolescente ontem, tornou-se pai ou mãe de família, e, hoje, é avô ou avó. É a vida que segue. E o mesmo deve e precisa acontecer nas empresas e instituições, quer sejam elas públicas, quer sejam privadas. Então, se quisermos deixar de ser o “País do Futuro” para nos transformarmos no “País do Presente” temos que pisar fundo no acelerador para que essa reinvenção (leia-se “mudanças”) realmente aconteça.
E aí, é preciso abrir um parênteses. Não é segredo para ninguém que o maior exemplo e a maior conquista dos tempos modernos para o Brasil é o Agronegócio. Com o apoio dos empresários e por meio de uma medida acertada, diga-se de passagem, tomada pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici, em 1972, foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que se tornou a bem-sucedida agência de desenvolvimento tecnológico e operacional que é hoje. Ela está sempre quebrando paradigmas em busca de produtividade e lucratividade – e com o apoio de vários planos de financiamento condizentes, é importante dizer – sua contribuição, sem dúvida alguma, foi de vital importância para colocar o Brasil na posição de liderança mundial absoluta que ocupa na comercialização de vários produtos agrícolas e pecuários nos dias atuais.
E a indústria brasileira? Bem, a matemática e as estatísticas não mentem: a participação dela no PIB, que já foi acima de 30%, hoje orbita a modesta faixa de 11% a 13%. Como reverter este quadro?
Para respondê-la, saímos em busca das ideias e do pensamento de algumas “novas lideranças”, que, nas matérias exclusivas que você vai ler nesta edição da revista Siderurgia Brasil, dão inúmeras pistas de como, por meio de seus modelos de desempenho, pretendem atuar para vencer os desafios do “Novo Normal da Indústria Brasileira”, que, torcemos, chegue para todos nós em velocidade supersônica no cenário do pós-pandemia. Mais do que análises valiosas, nessas reportagens esses novos líderes apresentam propostas precisas e detalhadas que seguramente podem ajudar muito o Brasil a tornar a indústria nacional tão competitiva quanto aquelas dos países mais desenvolvidos do planeta.
E a Distribuição de Aço: como se comportou em tempos de COVID, e quais são suas perspectivas para o pós-pandemia? Além da análise do mais recente relatório mensal do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA), em reportagem especial, mais uma vez fomos buscar opiniões e demos a palavra às novas lideranças do setor.
Complementarmente, trazemos em nossas páginas um levantamento realizado por uma grande consultoria internacional sobre as expectativas de empresários de todo o mundo – incluindo do Brasil, para o período do pós-COVID, e apresentamos ainda um importante trabalho no campo dos revestimentos de produtos siderúrgicos, que é a galvanização a fogo. E, claro, as estatísticas e principais notícias do nosso setor também estão aqui. Temos certeza de que você vai gostar de todo esse conteúdo.
Finalmente, estamos muito curiosos em saber como você está recebendo as novas edições da revista Siderurgia Brasil, agora exclusivamente no formato digital. Por favor, conte para a gente, OK?
Um forte abraço e boa leitura!
Henrique Isliker Pátria
Editor