Setor que amargou dificuldades em abril e maio em função da pandemia, dá a volta por cima e comanda uma nova reação.

Segundo dados divulgados pelo Inda o setor de distribuição e processamento de aços planos está comandando uma grande reação no período pós-pandemia, ao ponto do presidente do Instituto acreditar que neste ano de 2020, o setor deve apresentar um excelente crescimento em relação ao ano passado.

Segundo os dados divulgados as vendas de aços planos em julho registraram alta de 18,4% quando comparada a junho, atingindo o montante de 344 mil toneladas contra 290,5 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 288 mil toneladas, registrou alta de 19,4%. Portanto nas duas comparações o setor foi melhor do que os períodos anteriores.

As compras das distribuidoras apresentaram crescimento de 6,6% perante o mês de junho, com volume total de 316,7 mil toneladas contra 297,2 mil. Em relação a julho do ano passado (276,6 mil ton.), a alta foi de 14,5%.

Na mesma reunião Carlos Jorge Loureiro, presidente do Inda, esclareceu que as usinas estão com alguma dificuldade no atendimento, pois com a parada que aconteceu nos meses de abril e maio, muitos equipamentos foram desligados e a sua retomada se processa de forma mais lenta do que o esperado.

De outro lado, a questão do mercado, Loureiro disse que, com exceção do setor automobilístico que havia anunciado uma queda no início da pandemia de cerca de 40% para este ano e hoje ele acredita que não deve ser superior a 25%, todos os demais setores consumidores já retomaram suas posições, alguns até surpreendendo como é o caso de eletrodomésticos e de implementos agrícolas que vêm apresentando altos índices de demanda.

Com tal movimentação a questão dos estoques ficou com um giro de 2,4 meses, ou seja, em números absolutos, o estoque de julho obteve queda de 3,2% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 828,2 mil toneladas.

As importações em julho apresentaram uma queda de 27,7% em relação ao mês anterior, com volume total de 74,9 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (97,2 mil ton.), as importações registraram queda de 22,9%.