Confirmando as expectativas manifestadas nos meses anteriores os números de agosto mostraram mais uma fase da retomada do setor.
Continua a trajetória de retomada com bons resultados no processamento e distribuição de produtos siderúrgicos. Segundo dados divulgados pelo INDA, que alias é nosso homenageado nesta edição, as vendas de aços planos em agosto apresentaram uma alta de 8,7% quando comparada a julho. Foram vendidas 373,8 mil toneladas contra 344 mil do mês passado. Sobre o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi muito acentuado de 33,5% uma vez que no ano passado foram vendidas 279,9 mil toneladas.
Já as compras seguindo uma acomodação natural, apresentaram um leve declínio de 2,6% perante o mês de julho, com volume total de 308,6 mil toneladas contra 316,7 mil. No entanto em relação a agosto do ano passado (279,7 mil ton.), foi registrada alta de 10,3%.
Aqui cabe um breve comentário nosso, fruto de observação e acompanhamento do mercado, de que esta queda nas compras pode ser originária também nas entregas de pedidos pelas usinas. Apuramos com alguns distribuidores que após a pandemia as usinas tem encontrado dificuldade em cumprir seus prazos de entrega de material. A explicação é que nem tudo voltou a funcionar ainda com a regularidade que se espera.
Nas importações o comportamento mostrou agosto com queda de 20,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 59,3 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (89,8 mil ton.), as importações registraram queda de 33,9%. Isto se deve principalmente a questão do câmbio. Nesse momento, mesmo as usinas praticando seguidos aumentos em seus preços finais, ainda há uma defasagem em relação aos preços praticados no exterior, alem de toda a burocracia sobejamente conhecida dos brasileiros na importação de produtos estrangeiros.
Com esta movimentação, segundo Carlos Loureiro presidente do Inda, houve um crescimento pontual no consumo aparente do aço no Brasil. “Esta movimentação atípica deve se regularizar nos próximos meses. Há uma clara demanda reprimida que está se regularizando e até o final do ano acredito que chegaremos ao equilíbrio”, pontua Loureiro.
Com este movimento o estoque registrou em números absolutos, uma queda de 7,9% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 763 mil toneladas. O giro de estoque fechou em queda e agora representa 2 meses de giro.