A Abimaq entidade que reúne os produtores de máquinas e equipamentos divulgou seu balanço mensal e como era esperado os números foram positivos e surpreendentes.

Assim como registrado no setor do aço, setor automotivo e da construção civil, este segmento também operou superando seus próprios resultados de antes da pandemia.

As vendas internas cresceram 16,5% em agosto, após avanço de 29,7% em julho, sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esses resultados reverteram a queda das receitas internas no acumulado do ano. Assim, entre janeiro e agosto, as vendas domésticas avançaram 0,7% em relação ao ano passado que não teve pandemia. 

Em agosto, a receita total do setor somou R$ 12,5 bilhões, crescimento interanual de 4,4%, já descontado a inflação. Este foi o segundo resultado positivo desde março. Em termos absolutos, o setor de máquinas e equipamentos retornou ao mesmo patamar de faturamento mensal do ano passado Todavia, a sequência de retrações entre os meses de março e junho, ainda interferem no resultado acumulado. Até agosto, a receita total encolheu 3,4%, mas com o aquecimento da economia que está se verificando já no próximo mês é possível esperar-se a reversão.

Está havendo um problema no que diz respeito às exportações, pois vários países ainda não se recuperaram. Enquanto o Brasil já caminha a passos largos para a normalização, infelizmente se tem notícias de muitas mortes pelo mundo. Há economias ainda em desalinho e algumas previsões catastróficas como a retração na União Européia que se prevê seja mais de 10%.

O desempenho da atividade produtiva é também medida pelo nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) da indústria. Em agosto o nível de capacidade instalada da indústria de máquinas e equipamentos registrou 72,7%, queda de 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas ainda sim um excelente percentual. A carteira de pedidos do setor permanece estável desde o início do ano. Em agosto, houve uma pequena variação em relação ao mês imediatamente anterior, de 9,1 para 9,4 semanas em média para atendimento.

No que diz respeito ao número de empregos em agosto o setor registrou 300,5 mil trabalhadores, mesmo patamar do ano passado. Este é o segundo mês que se nota a recomposição dos empregos perdidos com a pandemia, tendência a ser observada até o final do ano. A tentativa de estabilizar a receita do setor de máquinas e equipamentos deverá refletir nos números do mercado de trabalho nos próximos meses.