Após uma atípica alta registrada no mês de setembro quando haviam sido exportadas 97.311 toneladas, sendo que só para a China haviam sido remetidas 41 mil toneladas, em outubro a posição voltou para mais próximo da normalidade.
Foram comercializadas no mês passado 63.305 toneladas, uma redução de 18% em comparação a outubro de 2019, com 77.193 toneladas. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A queda em relação a setembro foi ainda mais expressiva, de 34,9%.
De acordo com o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, as vendas no mercado interno representam mais de 90% do total produzido. As exportações, em geral, têm uma participação pequena e crescem apenas quando há dificuldades no mercado interno, como ocorreu no primeiro semestre deste ano. “A procura por sucata no mercado interno está acima do que esperávamos neste momento, mas os processadores seguem abastecendo plenamente as usinas siderúrgicas”, afirma Alvarenga.
O repentino reaquecimento da demanda por aço, principalmente da construção civil, explica esse maior consumo no país, segundo Alvarenga. O consumo de sucata ferrosa das usinas neste ano será, nos cálculos do Inesfa, de cerca de 8 milhões de toneladas, próximo ao verificado em 2019. O volume ainda está distante do pico de 2013, com 11,171 milhões de toneladas, mas já reflete importante melhoria do mercado nacional.
Os principais Estados exportadores de sucata em outubro foram Rio Grande do Sul, com 24.550 toneladas; São Paulo, com 17.353 toneladas; e Santa Catarina, com 12.896 toneladas. O Inesfa representa um setor que reúne mais de 5,6 mil empresas em todo o país, a maioria pequenas e médias. O segmento é importante para o sustento de mais de 1,5 milhão de pessoas, sendo mais de 800 mil os catadores (os chamados “carroceiros”).
Fonte: Inesfa/Sindinesfa