Relembre e tire lições dos tópicos principais do imenso conteúdo de informações da Revista Siderurgia Brasil ao longo de 2020.
Improdutivo, terrível, cruel, arrasador. Faltam adjetivos para qualificar a experiência que o Brasil e o mundo viveram ao longo do ano de 2020. Fazendo uso de um eufemismo bastante benevolente – e, por conta disso, longe de ser preciso e verdadeiro para tachá-lo de maneira mais pertinente e adequada como o pior da história recente da Humanidade –, o mínimo que podemos dizer sobre ele é que foi um ano “atípico” e de tempestade perfeita que faremos questão de rasgar do calendário de nossas vidas.
Porém, não podemos negar que foi um período marcado por grandes lições e reflexões que levaremos para além de nossas existências terrenas, por meio de incontáveis registros em nossas bibliotecas analógicas e digitais legadas às futuras gerações. Só que além da reafirmação da fragilidade da vida – que sucumbe ao ataque de um ente microscópico que, segundo a Ciência atual, “não é vivo, nem morto” – a partir da interpretação desses dados e informações, nossos descendentes lerão muito mais do que gráficos, estatísticas e dados: desse acervo, eles tirarão inúmeras lições de acertos e erros que cometemos por desprezar inimigos visíveis e invisíveis que se puseram em nosso caminho.
Mas, nem de longe é preciso que todos esses conhecimentos se restrinjam a ser ensinamentos exclusivos para nossos netos, bisnetos e tataranetos. Nós também podemos – e devemos – fazer uso deles em nosso próprio benefício. E foi por isso também que, com muita agilidade e responsabilidade a Revista Siderurgia Brasil se dedicou ao longo de todo o ano de 2020 a fazer não apenas meros registros, mas, sim, interpretar, analisar discutir ideias e soluções para que seus leitores encontrassem caminhos não só para suportar os desafios da COVID-19, a fim de sair da crise mais fortes e resilientes.
Afinal, a necessidade de mudança, tanto na vida pessoal quanto na empresarial é uma realidade inexorável e sempre presente. E humildemente acreditamos que fizemos a nossa parte, como atesta esta “Retrospectiva da Revista Siderurgia Brasil 2020”, que você vai ler a partir de agora. E, claro, não hesite em reler todo o conteúdo epigrafado nas sinopses a seguir acessando todas as nossas edições deste ano em nossos canais digitais.

ANUÁRIO BRASILEIRO DA SIDERURGIA 2020 (Fevereiro)
Ainda com pouca ou mesmo nenhuma informação mais detalhada sobre uma estranha e misteriosa doença infecciosa que, no final de 2019, acometia uma pequena parcela da cidade de Wuhan, na China, o ano de 2020 começou cercado de boas perspectivas de recuperação da economia no Brasil, o que, por si só, animava os operadores do mercado. Os sinais positivos eram múltiplos: a inflação estava sob controle; os juros chegavam ao menor patamar de toda a história; as projeções de crescimento do PIB indicam que devemos esperar algo entre 2% a 3%, quando, há apenas dois anos, esse percentual era negativo; o ambiente parecia propício para a retomada dos investimentos; a taxa de desemprego vinha caindo e o consumo no varejo aumentando.
No âmbito específico da siderurgia, após amargar mais um ano com queda na produção e nos principais indicadores do setor, projetava-se um futuro com mais negócios e crescimento sustentado. Foi o que nos relatou Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, afirmando à nossa reportagem que as novas medidas anunciadas pelo governo visando à retomada do desenvolvimento econômico do país seriam o combustível esperado para, em 2020, reduzir a ociosidade e promover o aumento da produção e das vendas de produtos siderúrgicos.


Em face a tudo isso, externamos nosso otimismo no mercado já no Editorial do Anuário Brasileiro da Siderurgia 2020, antevendo que o ano tinha tudo para ser “mágico” para o Brasil. Todas as fontes que nos auxiliaram a elaborar as reportagens da publicação – e foram muitas, passando por presidentes de entidades, empresários e autoridades de projeção com os quais conversamos – nos relatavam altos índices de confiança no mercado e no ambiente empresarial, e manifestavam sua firme disposição em fazer a sua parte, trocando o medo de soltar as amarras de seus negócios por atitudes mais arrojadas e coerentes com a nova realidade alvissareira que se anunciava. Porém, com a chegada da cruel tempestade do novo coronavírus, essa realidade, como sabemos, infelizmente se revelaria bem outra.


EDIÇÃO 137 (Junho)
Em 2020, definitivamente, nem aquela velha máxima de que o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval conseguiu se concretizar. Aliás, já na Quarta-feira de Cinzas, dia 26 de fevereiro, em vez daquelas típicas conclamações irônicas na Imprensa, do tipo “Agora, 2020 começou!”, o que se viu nos noticiários foi a confirmação, feita pelo Ministério da Saúde, da existência do primeiro caso de coronavírus no país. E, a partir daí, com uma enxurrada de alertas da Organização Mundial da Saúde, também começaram a acontecer ações com base em informações desencontradas dos Governos Federal e Estaduais para conter a pandemia. E antes mesmo de a primeira morte por COVID-19 acontecer, outra vítima também entrou na UTI: a economia brasileira.
Março, abril e maio foram meses terríveis não só para as pessoas que infelizmente perderam suas vidas e seus familiares, mas também para a saúde dos negócios. Com pouca ou nenhuma capacidade de operar, inúmeras empresas e comércios fecharam suas portas, e trabalhadores foram colocados no olho da rua, com recorrentes apelos da hashtag #fiqueemcasa. E o caos se instalou.

Depois de um hiato de alguns meses – grande parte dele ocasionada pela paralisação do mercado e a crise gerada pela pandemia –, retomamos, em junho deste ano, as atividades da Revista Siderurgia Brasil. E voltamos com grandes novidades, para gerar novos ânimos e tentar recolocar a siderurgia nacional no seu devido e merecido lugar de destaque: lançamos o blog, inauguramos portal, e demos forma definitiva à edição digital, a fim de reinventar nossa maneira de nos comunicarmos com o público.
Com esse intuito, trouxemos nas páginas dessa edição um amplo conteúdo de análise de caminhos possíveis, ouvindo fontes das mais diversas áreas, de empresários a economistas, passando por especialistas de tecnologia digital – que, de maneira geral, já se mostravam cautelosamente otimistas com os primeiros e tímidos sinais de recuperação da economia e de aumento da confiança para o 2º semestre do ano –, a fim de começar a entender melhor o que seria o então já prenunciado, mas misterioso cenário do “Novo Normal”.

EDIÇÃO 138 (Julho)
De maneira inédita e acachapante na história recente da Humanidade, 2020 – agora para sempre estigmatizado em nossa trajetória e naquela das gerações futuras como o “Ano da COVID-19” –, nos trouxe ensinamentos, reflexões e constatações poderosas não só sobre a efemeridade da vida do Homo sapiens, como também sobre o que poderíamos livremente titular do Homo empresariais neste planeta. Nossa inteligência, nossa capacidade de gestão e nossa resiliência para nos adequarmos a cenários adversos foram duramente (e como nunca) postas à prova.
Em função disso, pareceu-nos extremamente oportuno colocar literalmente em tela na edição digital da Siderurgia Brasil do mês de julho o importante papel das novas lideranças como fonte de aporte de ideias e soluções inovadoras, fundamentais para o momento de disrupção de paradigmas obsoletos que a nova realidade econômica e empresarial passou a exigir.
Em busca de respostas, abrimos espaço nas páginas da revista para, por meio de um conteúdo sempre exclusivo, descobrir pistas de como esses novos líderes pretendiam e ainda pretendem atuar para vencer os desafios do “Novo Normal” da indústria brasileira, que continuamos a torcer para que chegue em velocidade supersônica para todos nós no cenário do pós-pandemia. Dessa forma, mais do que análises valiosas, tais reportagens apresentaram propostas viáveis, precisas e detalhadas para tornar a indústria e a distribuição nacional do aço tão competitiva quanto aquelas dos países mais desenvolvidos do mundo.

EDIÇÃO 139 (Agosto)
Assim que as estatísticas do mês de agosto começaram a aparecer, os números mostraram excelentes resultados em todos os setores econômicos que têm influência direta em nosso desenvolvimento, como é o caso da siderurgia. E essa retomada, embora ainda crivada dos percalços da crise da COVID-19, se mostrava com o pé no acelerador.

Por conta disso, trouxemos como tema da capa da edição o futuro do Brasil, sublinhando erros e enfatizando acertos, e, ainda, colocando em tela as medidas que o Brasil precisa tomar para atrair investimentos. Trouxemos também em nossas páginas virtuais os números e as expectativas do setor siderúrgico para o 2º semestre de 2020, as estatísticas dos demais setores, além de entrevistas exclusivas falando sobre o processo de Transformação Digital, vivenciado pelos empresários e administradores de organizações nos quatro cantos do planeta, e ainda sobre o projeto da Reforma Fiscal que se encontrava em tramitação no Congresso, na visão de um especialista no assunto, em busca de respostas sobre a instigante questão: o que vai mudar para nós, brasileiros, quando ela, finalmente, for aprovada?
E, puxando a “sardinha” para o nosso lado, com muita alegria e satisfação divulgamos os primeiros resultados de nossa iniciativa de digitalização da Revista Siderurgia Brasil, bem como da abertura de nossos outros canais virtuais de comunicação, números esses que superaram nossas melhores expectativas, demonstrando a assertividade das decisões que tomamos, com o objetivo de oferecer ao nosso público produtos sempre e cada vez melhores em termos de atualização e qualidade de informação.

EDIÇÃO 140 (Setembro)
Mais do que mensagens de otimismo, a edição de setembro de 2020 da Revista Siderurgia Brasil trouxe um recado importantíssimo para todos os operadores da cadeia siderúrgica nacional. Diferentemente da cantilena monótona que nos acostumamos a ouvir no período mais difícil da pandemia, cuidamos de “rechear” nossa publicação de boas notícias, com estatísticas vindas de diversas fontes, tanto institucionais quanto, empresariais, atestando que a retomada econômica do Brasil efetivamente já havia começado, e que aqueles que insistissem em continuar se lamentado precisavam, de maneira urgente e decidida, fazer uma séria revisão em seus conceitos.

Com o declarado intuito de começar a responder a candente pergunta de “como será o amanhã?”, ouvimos especialistas dedicados a respondê-la por meio de previsões viáveis e realistas sobre o novo cenário global no pós-COVID, entre eles um futurologista premiado pela Organização das Nações Unidas, e analistas internacionais no campo da Transformação Digital, realidade cada vez mais presente em nossa vida e naquela de nossas empresas. Nas páginas dessa edição discutimos também soluções sobre o tema “Energia”, cujo estudo de fontes alternativas e sustentáveis – como a eólica e a solar – ganha cada vez mais força entre nós, dada à sua fundamental importância para a concretização de nossas metas daqui para frente.
Complementarmente, tivemos a honra e o prazer de trazer em nossa edição de setembro uma extensa reportagem de homenagem aos 50 Anos do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA), entidade decana que merece o reconhecimento e o carinho de todos, e que contribuiu e ainda continua contribuindo para o desenvolvimento da siderurgia brasileira. Fomos ao “fundo do baú” na pesquisa da memória do Instituto para apresentar alguns dos registros mais emblemáticos de sua história, e conversamos também com dois de seus líderes para trazer informações inéditas e atuais sobre seu presente e futuro.

EDIÇÃO 141 (Outubro)
No início do mês de março, o Brasil, a exemplo da maioria dos países do mundo, começou a parar, fato que se tornou totalmente evidente em abril. Com exceção do agronegócio, praticamente todas as atividades da indústria, do comércio e do setor de serviços reduziram suas atividades aos níveis mais baixos de nossa história contemporânea.
Entretanto, como fizemos questão de enfatizar no Editorial da nossa edição de outubro, “tudo tem um momento para começar, e outro para acabar”. E, com efeito, a partir de então o mundo começou a assistir – sem exageros, até de maneira atônita – a retomada da economia – comprovada por dados oficiais –, bem como da indústria brasileira, manifestada de maneira muito singular pelas conquistas de sucessivos recordes de produtividade em alguns de seus setores mais emblemáticos. Foi o caso da nossa siderurgia, que se apressou em anunciar e, efetivamente, em religar todos os seus equipamentos, voltando a operar em plena capacidade para atender às crescentes demandas do mercado, silenciando com tais atos concretos as vozes de muitos pessimistas de plantão.
E embora essa evolução transcenda as nossas fronteiras nacionais, para estender-se sobre o espectro de vários países da América Latina, tais como México, Colômbia e, mais recentemente, o Peru, a boa notícia é que as siderúrgicas brasileiras continuam no protagonismo da oferta de aço no continente, como atestou, em reportagem especial nas páginas da Revista Siderurgia Brasil Nº 141 o CEO da Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero), entidade que reúne a cadeia de valor do aço latinoamericana, responsável também pelo cômputo das estatísticas regionais.

Destaques dessa edição foram ainda uma matéria abordando o impulso essencial que a tecnologia do Big Data pode dar à construção civil no país, e, ainda, uma reportagem comemorativa aos 58 anos de atividades da Usiminas que, aliás, desempenhou papel importantíssimo na retomada dos negócios do aço no Brasil a partir da religação de seu Alto-Forno 1, equipamento considerado um símbolo da siderurgia brasileira, no dia 26 de agosto, em evento que contou com a presença do Presidente Jair Bolsonaro.

EDIÇÃO 142 (Novembro)
Em um mundo que praticamente virou de ponta-cabeça com a pandemia do novo coronavírus, um conceito que já vinha sendo recorrentemente prenunciado por muitos analistas de mercado, se cristalizou de maneira inexorável: os desafios de competitividade que se apresentam no mundo empresarial não serão mais propostos pelos concorrentes que vendem o mesmo produto de uma empresa, mas pela forma como o mercado a enxerga e aos seus dirigentes. E isso, é claro, também vai definir o jeito como ele vai trata-la cada vez mais daqui para a frente.
Para discutir ideias e propor soluções sintonizadas com essa premissa, a edição de novembro da Revista Siderurgia Brasil chegou repleta de assuntos relevantes para a cadeia siderúrgica. Para abordá-los, trouxemos uma entrevista na qual o novo presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil faz sua leitura do atual estágio e das perspectivas otimistas acerca do mercado do aço, no qual o principal desafio das usinas é ampliar a oferta de produtos.
Complementarmente, apresentamos ainda uma entrevista exclusiva com um dos mais renomados e respeitados especialistas da construção industrializada no Brasil sobre o passado, presente e futuro desse setor tão importante na carteira de clientes da siderurgia brasileira. Entre outras coisas, nessa conversa, além de apontar as maiores dificuldades técnicas que existem na utilização do aço em edificações, ele fez o providencial alerta de que se não existir integração e pensamento coletivo, vai ser difícil o setor avançar com o pé no acelerador.