Confirmando os números dos últimos meses o Inda- Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, divulgou as estatísticas relativas ao mês de janeiro de 2021, onde foram confirmadas as excelentes performances recentemente apresentadas.

Segundo o Inda as vendas de aços planos em janeiro registraram alta de 12,7% quando comparadas a dezembro, (último mês) atingindo o montante de 324,6 mil toneladas contra 288 mil naquele mês. Cabe aqui um comentário de que as vendas de dezembro já haviam sido consideradas um recorde para o mês. A situação é melhor ainda se compararmos com o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 279,4 mil toneladas, com alta de 16,2%.

Seguindo aquele movimento de recomposição de estoques as compras das usinas mostraram alta de 0,8% perante a dezembro, com volume total de 335,9 mil toneladas contra 333,2 mil. Frente a janeiro do ano passado (297,3 mil ton.), apresentou alta de 13%.
Com estes resultados o movimento dos estoques registrou em números absolutos, alta de 1,7% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 686,9 mil toneladas contra 675,7 mil. O giro de estoque fechou em queda com 2,1 meses o que prova que a demanda está acima da recomposição dos estoques.

O que chamou muito a atenção foi o crescimento das importações, pois segundo dados elas registraram no mês uma alta de 75% em relação ao mês anterior, com volume total de 161,4 mil toneladas contra 92,2 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (106,2 mil ton.), as importações registraram alta de 51,9%.

Segundo informações prestadas por Carlos Loureiro, Presidente Executivo da entidade, na verdade o grande volume de importação refere-se aos produtos zincados, notadamente o Galvalume, que naturalmente tem um nível baixo de produção no Brasil o que torna as importações sempre altas. Este produto sobretudo é utilizado na Construção Civil que é um dos segmentos econômicos que continua em franca evolução e promete crescimento em 2021.  

Carlos Loureiro comentou ainda a respeito dos preços internacionais do aço. Conforme nosso portal noticiou (Ver na  seção Noticias) o IABR acabou de divulgar uma nota sobre a  acelerada expansão dos preços das commodities internacionais dentre os quais o minério do ferro, a sucata e o carvão que são elementos fundamentais na produção do aço e que impactam diretamente nos preços do aço no mercado interno. Por outro lado, ainda comentário de Loureiro “ As usinas estão com suas carteiras de pedidos até maio completamente tomadas” o que naturalmente torna mais possível o acompanhamento das subidas de preço internacionais do aço.

Finalizando Loureiro comentou que acredita que no ano o setor de processamento e distribuição do aço, terá espaço para crescer perto de 10% mas que para o mês de fevereiro há uma expectativa de queda em torno de 5%.