Segundo dados fornecidos pela ABIMAQ – entidade patronal que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos o setor começa 2021 aquecido em relação ao observado nos últimos anos. Em 2021, a receita líquida deverá contar com a manutenção das vendas internas, mas o timing da recuperação das exportações ainda é impreciso.
Receita
A receita líquida da indústria de máquinas e equipamentos registrou R$ 12,6 bilhões em janeiro, crescimento de 38,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em termos absolutos, este foi o melhor janeiro desde 2015, quando o setor havia faturado R$ 13,2 bilhões.
Ela foi impulsionada pela manutenção do mercado interno uma vez que o mercado externo está “andando de lado”.
Após crescer 50,3% em dezembro, as vendas internas avançaram 50,8% em janeiro na comparação interanual. Dentre os segmentos que sinalizaram aumento nas vendas, destaque para Máquinas e Implementos Agrícolas com avanço nas empresas de todos os portes. Outro segmento que tem colaborado para a alta das vendas internas é máquinas para infraestrutura, incentivado, em grande medida, pelo andamento do Programa de Parcerias de Investimento (PPP).
Comércio Internacional
Após crescer 0,9% em dezembro, as exportações de máquinas recuaram 1,6% em janeiro de 2021, em linha com a sazonalidade de início de ano. A queda modesta de janeiro sinaliza uma possível mudança de rumo das exportações ao longo de 2021. Se o comércio internacional ganhar ritmo junto à expansão da vacinação mundo a fora, o cenário para as exportações de máquinas poderá ser benéfico, principalmente, mantido o câmbio desvalorizado.
Consumo Aparente
Em janeiro, o consumo aparente avançou 23,6% na comparação com o mês do ano passado. Esta foi a quinta alta consecutiva. Como as importações recuaram, as vendas de máquinas derivadas de produção nacional foram as responsáveis pela alta do consumo no início de 2021.
Carteira de Pedidos e Ocupação da Indústria.
Em janeiro, o nível de capacidade instalada da indústria de máquinas e equipamentos (NUCI) fechou em 74,7%, acima do observado no mesmo mês do ano passado (73,7%). O crescimento de 1 p.p. da capacidade produtiva é refletida na carteira de pedidos que passa a levar mais tempo para entregar as encomendas. A carteira de pedidos do setor registrou média de 11,6 semanas para atendimento, ritmo mais acelerado em relação à média de 9,9 semanas de janeiro de 2020.
Empregos
Em janeiro, o setor de máquinas e equipamentos registrou 330 mil postos de trabalho, quase 25 mil empregos a mais que o observado em janeiro de 2020. A normalização relativamente rápida do setor de máquinas com baixa demissão entre março e junho de 2020, proporcionou ambiente favorável às empresas no segundo semestre do ano.
Fonte: Assessoria de Imprensa Abimaq.