Apesar da retomada da produção, empresas de sucata de ferro e aço enfrentam dificuldades para investimento

Com a forte retomada da produção industrial, caçambas, manipuladores, caminhões, entre outros, estão até 60% mais caros em relação ao ano passado levando as empresas de sucatas metálicas a enfrentar dificuldades na aquisição de máquinas e equipamentos essenciais para o beneficiamento dos materiais usados na composição do aço, seja em decorrência da pouca disponibilidade no mercado ou valores excessivamente elevados.

Conforme o do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), a caçamba teve seus preços reajustados em média (dependendo do tipo) em 60%, os caminhões em 40% e manipuladores de materiais 76%, após o início da crise no ano passado. Atualmente os manipuladores estão sendo afetados pela valorização do câmbio e negociados por valores altíssimos por serem importados.

Na avaliação do Inesfa as empresas de sucata reconhecem que o momento atual de preços dos insumos pagos pelas usinas é favorável, o consumo de sucata pode superar os 8 milhões de toneladas do ano passado, mas veem com apreensão os próximos meses.

“Nosso setor tem que investir continuamente na manutenção e substituição para permanecer com os pátios modernos e competitivos nacional e internacionalmente, haja vista o rápido desgaste das máquinas na operacionalidade. Estamos tentando retomar o ritmo dos investimentos, porém, há falta de oferta no mercado e valores exorbitantes”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa, que representa segmento com mais de 5,6 mil empresas em todo o país, tendo importante participação no sustento de pelo menos 1,5 milhão de pessoas, dos quais mais de 800 mil são catadores (os chamados “carroceiros”).

Fonte: Assessoria de imprensa Inesfa