Aqui não é o lugar para falarmos de política. Mas as aberrações estão tão presentes em nossas vidas pessoais e profissionais, que fica difícil escrever algo sem mencionar os acontecimentos de nosso dia a dia. E as soluções para eles se traduzem em providências obtusas e intempestivas, e, o que é pior, muito pouco, ou até mesmo nada eficazes.

Agora, com a COVID, a conta de erros cometidos no passado, tendo como base o descaso de décadas no tratamento do tema da saúde pública chegou, com agravantes que preocupam.

Analisemos, por exemplo, a bola da vez desse erro constante de mira, que é o fechamento das atividades econômicas imposto pelos governos estaduais e municipais no final do mês de março.

Longe de ser uma proposta efetiva, o lockdown de hoje, arriscaria dizer, é mais um erro de foco que dá continuidade ao arsenal de besteiras cometidas no passado. Em verdade, ele não passa de uma solução paliativa, que não ataca os pontos certos do controle sanitário da doença. E, o que é pior, trazendo a reboque de si o “brinde” incômodo de quebrar ainda mais nossa economia.

Isto porque ao mesmo tempo proliferam os “pancadões”, bailes funk da periferia e festas clandestinas da classe média em todo o Brasil – o que prova que não avançamos nada na educação de nosso povo e ainda temos uma legião de “espertos” que usam a máscara no queixo ou na testa, ou nem usam.  

Outra análise simples: na matemática, se quisermos colocar 100 pessoas no período de dez horas em um mesmo local, a média é de 10 pessoas por hora. Mas se tivermos de colocar as mesmas 100 pessoas em cinco horas, a média é de 20 pessoas por hora. Em outras palavras, isso significa que o fechamento ou restrição dos horários de trabalho só serve para gerar maior concentração. Da mesma forma, se tivermos um supermercado funcionando 24 horas por dia, a distribuição das pessoas se estenderá por todo esse período, gerando muito menos concentração. Simples questão de lógica e racionalidade.

Há uma frase que simboliza bem o que estamos dizendo: “Uma Copa do Mundo se faz com a construção de estádios, e não de hospitais”, lembram-se dela?

Então, a pergunta que não quer calar é: as medidas tomadas são realmente para combater a pandemia e deixar o Brasil voltar a crescer, ou meramente para satisfazer egos e decisões políticas? Convido vocês a lerem em nosso blog um pouco mais sobre esse assunto.

Bem, falando agora desta nossa edição de março, como sempre, fomos buscar os fatos mais marcantes que impactam o setor. Por exemplo, na cadeia siderúrgica, além das estatísticas do Instituto Aço Brasil, trazemos detalhes das projeções para o futuro imediato, colhidas junto a entidades representativas dos setores-clientes da siderurgia, tais como a ANFAVEA, a ANFIR, a ABIMAQ, entre outras.

Também falamos da conjuntura da indústria nacional. Superamos aquele pesadelo que o FMI havia prenunciado em junho do ano passado, quando dizia que o PIB brasileiro iria recuar mais de 9%. O número real da queda foi bem menor, de 4,1%, mas os especialistas acreditam que 2021 pode ser um ano de virada. Veja as opiniões e comentários.

E como anda a relação entre fisco e contribuinte? Um especialista do assunto nos explica o que mudou para melhor e para pior agora em 2021.

Continuamos dando o melhor de nossos esforços para entregar um produto com excelência, porque deixar você bem informado, caro leitor, é o nosso maior objetivo. E, claro, continuamos abertos para seus comentários, críticas e/ou sugestões. Fale conosco!

Boa leitura!

Henrique Isliker Patria
Editor – henrique@grips.com.br