O Instituto Aço Brasil divulgou hoje (20/04), em seu site, os dados referentes a produção de aço brasileiro do mês de março e também o acumulado do 1º trimestre, além do Índice de Confiança do setor de abril.
Segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, em março a produção brasileira de aço bruto foi de 8,7 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a março de 2021, o que representa aumento de 6,2% frente ao mesmo período do ano anterior. As vendas internas no 1º trimestre desse ano foram de 5,9 milhões de toneladas, representando aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2020, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 6,7 milhões de toneladas, com um aumento de 32,8% em relação ao 1º trimestre de 2020.
Segregando-se exclusivamente o mês de março, as vendas internas cresceram 41,9% frente a março de 2020 e atingiram 2,1 milhões de toneladas. Este número representou o melhor desempenho desde outubro de 2013. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,4 milhões de toneladas, 50,1% superior ao apurado em março de 2020. Este foi também o maior consumo aparente desde outubro de 2013. Devemos entretanto considerar que março do ano passado foi o início da grande parada ocorrida em função da pandemia causada pelo Covid 19
Mas tais números mostram inequivocamente que as usinas siderúrgicas nacionais continuam aumentando suas vendas ao mercado interno, derrubando algumas teses de desabastecimento em função de exportações. Estes recordes batidos neste mês mostram volumes superiores àqueles verificados no período pré-pandêmico.
Segundo Marco Polo essa demanda do mercado reflete a retomada dos setores consumidores, mas também a formação de estoques defensivos de alguns segmentos em relação à volatilidade do mercado, ocasionado pelo boom no preço das commodities. No caso da indústria do aço, a quase totalidade de insumos e matérias primas e, em especial, as essenciais como minério de ferro e sucata tiveram significativa elevação de preços, com forte impacto nos custos de produção.
As exportações de março foram de 1,4 milhão toneladas, ou US$ 911 milhões, o que resultou em aumento de 0,3% e 25,9%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2020.
As importações de março de 2021 foram de 401 mil toneladas e US$ 363 milhões, uma alta de 183,0% em quantum e 109,7% em valor na comparação com o registrado em março de 2020
Também foi divulgado o ICIA – Índice de Confiança da Industria do Aço relativo ao mês de abril
Este indicador mostrou crescimento de 1,9 ponto frente ao mês anterior chegando aos 67,4 pontos. A alta interrompeu a tendência de queda dos últimos cinco meses. No entanto, essa elevação não garante a trajetória de crescimento futuro da confiança dos CEOs da indústria do aço, mas uma possível flutuação do índice.
O ICIA se encontra 17,4 pontos acima da linha divisória de 50 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança, enquanto valores abaixo de 50 pontos apontam falta de confiança.
O indicador de situação atual cresceu 1,1 ponto frente ao apurado no mês anterior, para 70,1 pontos. O indicador de expectativas para os próximos seis meses também aumentou, mas em 2,2 pontos na mesma comparação, para 66,0 pontos.
O índice que mede as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses cresceu 4,1 pontos, para 60,4 pontos. O indicador de expectativas sobre a própria empresa para os próximos seis meses aumentou 1,3 ponto e atingiu 68,9 pontos.
