Vale lança programa de aproveitamento de areia proveniente da mineração de ferro
Visando tornar suas operações mais seguras e sustentáveis, a Vale, em parceria com o poder público municipal, inicia o Criando Caminhos, um programa de melhoria da infraestrutura de estradas vicinais que utiliza um pavimento desenvolvido com areia da empresa, proveniente do processo de tratamento do rejeito de minério de ferro. Além do insumo, a Vale fornecerá o projeto do pavimento, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) do campus Itabira.
A primeira fase do programa, em caráter experimental, contemplará os municípios de Barão de Cocais, Caeté, Rio Piracicaba e São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais. Haverá a pavimentação de 20 quilômetros de estradas de terra, com trechos de cinco quilômetros em comunidades rurais de cada município, utilizando aproximadamente 40 mil toneladas de areia, oriundas do tratamento do rejeito da Mina Brucutu, localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo. As obras, nos trechos definidos pelos municípios, devem acontecer entre abril e julho e contarão com suporte técnico da Unifei. A universidade e a Vale também promoverão capacitação para os servidores municipais sobre metodologia e aplicação do revestimento, uma vez que as Prefeituras serão responsáveis pela execução dos pavimentos.
O investimento em iniciativas de reaproveitamento do rejeito – denominadas de Ecoprodutos-, no mercado de construção civil vai além da pavimentação de vias. Em novembro do ano passado, a Vale inaugurou a Fábrica de Blocos do Pico, no município de Itabirito (MG). Durante dois anos, a empresa realizará, em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), testes em escala industrial de aplicação do rejeito em mais de 60 produtos pré-moldados, como pisos intertravados, blocos de concreto estruturais, blocos de vedação, placas de concreto, manilhas, blocos de vedação, dentre outros. O investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D) da planta piloto, nesse período, será de cerca de R$ 30 milhões.
“A areia da Vale se torna uma alternativa mais sustentável como agregado miúdo para construção civil, com alto desempenho em pavimentos, conforme demonstrado em testes realizados em laboratório”, conta Lais Resende, engenheira responsável pela iniciativa.
Fonte: Vale