O setor de processamento e distribuição de aços planos, que é representado pelo Inda/Sindisider,  apresentou hoje, 18/05/2021, a estatística relativa ao mês de abril e ao contrário do que previu na coletiva de imprensa anterior, as vendas não só não recuaram como era o previsto, como subiram 5,4%  com um total de 343,1 mil toneladas contra 325,4 mil no mês de março último. Não cabe a comparação com o mesmo mês do ano passado, pois como todos se recordam a indústria da distribuição praticamente parou em abril do ano passado em função do pico da pandemia causada pelo Covid-19

Também o movimento de aquisição mostrou crescimento de 1,5% com compras num total de 343,1 mil toneladas, contra 340,1 mil toneladas do mês de março.

Com este movimento o estoque em números absolutos somou 713,2 mil toneladas contra 711,2 mil toneladas do mês passado com ligeira alta de 0,3%.

Comentando sobre os números Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda/Sindisider disse que a matemática fala por si só. Ele se referia ao comunicado do Instituto Aço Brasil, divulgado na semana passada (Veja na seção noticia em nosso portal) de que a alta demanda poderiam estar sendo justificada pela formação de estoques defensivos de alguns segmentos.

Outro número comemorado pelo pessoal da distribuição e processamento de aços diz respeito ao montante de vendas diárias. A média diária deste mês de abril, foi de 17,2 mil toneladas, um número que não se alcançava  desde 2013, um ano considerado de bons resultados.   

As importações foram de 125,4 mil toneladas com queda de 10,7% em relação ao mês anterior quando foram recebidas 140,4 mil toneladas.

No tocante aos preços dos aços e ao abastecimento, Loureiro disse que o aumento praticado em maio pelas usinas que variou entre 10 a 18% e que já acumula um aumento no ano na casa dos 50%, certamente sofrerá novos ajustes provavelmente nos meses de junho ou julho. Segundo ele a CSN já sinalizou que está estudando ajustes entre 5 a 10% e que certamente as demais usinas devem nos próximos dias também divulgar seus novos preços.

Perguntado sobre se estes reajustes não terão um teto ele disse “A paridade dos preços lá fora, nem tanto pela China, mas pelos mercados dos EUA e da Europa, a valorização do dólar perante o real e os altos preços dos insumos, são fatores determinantes para tais aumentos em sequência. Nada mostra que este quadro vai mudar no curto prazo”

Por outro lado, confirmou que segundo noticias que chegaram a ele, alguns distribuidores estão se queixando de já encontrarem dificuldades para repassar os constantes aumentos que as usinas vêm praticando.

Para finalizar ele disse que como há uma retomada mundial muito forte da economia e no Brasil, já se fala em PIB acima dos 4%, com o setor industrial liderando estas expectativas, os preços de vários insumos, entre eles o aço, deverão permanecer em um patamar bem elevado.