Com os números da indústria crescendo todo mês e os principais demandadores do setor siderúrgico em forte aquecimento o resultado não poderia ser diferente. O setor de processamento e distribuição se mostrou nas estatísticas de abril mais um forte crescimento de vendas com 5,4% maior em relação ao mês anterior, com um total de 343,1 mil toneladas contra 325,4 mil no mês de março último.
Não cabe a comparação com o mesmo mês do ano passado, pois como todos se recordam a indústria da distribuição praticamente parou em abril de 2020 em função do pico da pandemia causada pelo Covid-19
Também o movimento de aquisição mostrou crescimento de 1,5% com compras num total de 343,1 mil toneladas, contra 340,1 mil toneladas do mês de março.
Com este movimento o estoque em números absolutos somou 713,2 mil toneladas contra 711,2 mil toneladas do mês passado com ligeira alta de 0,3%. Mas ainda não foram atingidos os estoques existentes no período pré- pandemia.
Comentando sobre os números Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda/Sindisider disse que a matemática fala por si só. Ele se referia ao comunicado do Instituto Aço Brasil, divulgado na semana passada – Veja aqui na seção Estatística de nossa revista – de que a alta demanda poderiam estar sendo justificada pela formação de estoques defensivos de alguns segmentos. Loureiro disse que se houver estes estoques defensivos não é na distribuição que eles existem.
Outro número comemorado pelo pessoal da distribuição e processamento de aços diz respeito ao montante de vendas diárias. A média diária deste mês de abril, foi de 17,2 mil toneladas, um número que não se alcançava desde 2013, um ano considerado de bons resultados. Portanto mais um recorde batido.
As importações foram de 125,4 mil toneladas com queda de 10,7% em relação ao mês anterior quando foram recebidas 140,4 mil toneladas.
No tocante aos preços dos aços e ao abastecimento, Loureiro disse que o aumento praticado em maio pelas usinas que variou entre 10 a 18% e que já acumula um aumento neste ano na casa dos 50% mas certamente sofrerá novos ajustes provavelmente nos meses de junho ou julho. Segundo ele a CSN já sinalizou que está estudando ajustes entre 5 a 10% e que certamente as demais usinas devem nos próximos dias também divulgar seus novos preços.
Perguntado sobre se estes reajustes não terão um teto ele disse “A paridade dos preços lá fora, nem tanto pela China, mas pelos mercados dos EUA e da Europa, a valorização do dólar perante o real e os altos preços dos insumos, são fatores determinantes para tais aumentos em sequência. Nada mostra que este quadro vai mudar no curto prazo”.