Balança comercial brasileira registra superávit no 1º trimestre

Segundo o Boletim Econômico produzido pelo Núcleo de Estudos da Conjuntura Econômica (NECON) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), a balança comercial acumulou um superávit de US$ 1,648 bilhão nos três primeiros meses de 2021. No período, as exportações somaram US$ 55,635 bilhões, influenciadas pelo aumento de 41,6% da indústria extrativa, de 17% do setor agropecuário e de 6,5% da indústria de transformação. Já as importações totalizaram US$ 53,987 bilhões, com altas na indústria de transformação (24%); agropecuária (15,4%) e indústria extrativa (12,8%).

Nas exportações, destaca-se o resultado de março, que superou as importações em US$ 1,482 bilhão. O aumento das exportações (US$ 24,505 bilhões, +27,8% em relação ao mesmo mês do ano passado) é resultado do impacto da plataforma de petróleo, pois até os últimos dez anos, o Brasil registrava essas plataformas  nas subsidiárias da Petrobras no exterior, mas que não saíam do país, como exportações. Com a ajuda do Retro (o novo sistema tributário do setor), o Brasil está registrando várias plataformas e classificando o processo como uma importação.

Já as importações totalizaram US$ 23,023 bilhões, um aumento ano-a-ano de 51,7%, com a entrada de plataformas de petróleo no país aumentando as compras externas. Sem isto, a balança comercial, de março, registraria um superávit de US$ 6,988 bilhões, e teria o maior resultado desde março de 2017, quando o superávit total da época era de US$ 7,136 bilhões. Outros destaques das importações foram os aumentos das compras de gás natural (+229,8%), medicamentos e produtos farmacêuticos (+52,9%) e soja (+215%).

De acordo com o relatório Focus, a previsão para o fim de 2021 é que que a Balança Comercial tenha um superávit de US$ 55 bilhões. Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão é de déficit de US$ 12 milhões. Por fim, a estimativa do Investimento direto no País (IDP) é de US$ 55 bilhões.

Fonte: Assessoria de Imprensa: FECAP