Conforme nota recebida da Alacero – Associação Latino-americana do Aço que é a entidade que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina, o consumo de aço cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo, impulsionado principalmente pelos setores de construção e manufaturas, com um desempenho econômico heterogêneo entre os principais países da região, como México, Brasil e Argentina. O nível acumulado até março, de 18,4 milhões de toneladas (Mt),que representa um aumento de 17% em comparação com o mesmo período de 2020 e de 5,5% em relação ao mesmo período de 2019.
No mês de março, o consumo de aço subiu 27% comparado com o mesmo mês do ano passado, atingindo 6,71 Mt, 17,4% acima do observado no mesmo mês de 2019.Temos de considerar que vários países da América Latina já enfrentavam em março sérios problemas em função da pandemia do Covid-19.
Também foi divulgado que no primeiro trimestre, as importações cresceram 3,4 % em participação do consumo regional em relação ao trimestre anterior. Foram importadas 6,4 Mt, mais 15% do que nos três primeiros meses de 2020, e mais 9% do que no primeiro trimestre de 2019. Em março, 52% das importações vieram da China, atingindo níveis acima dos registrados em janeiro (30%) e fevereiro (33%). Quanto às exportações, o acumulado do trimestre foi de 1,8 Mt, menos 17% do que o acumulado nos três primeiros meses de 2020 e mais 23,6% do que em 2019. Isso levou a um aumento do déficit comercial, que no primeiro trimestre do ano foi 36% maior do que em 2020.
Os dados de comércio e consumo estão em sintonia com o crescimento de 13% da produção mensal de aço laminado registrado em março. Em abril, no entanto, houve uma queda de 1% na mesma comparação, embora a produção já esteja nos níveis de 2019. No quarto mês do ano acumula um aumento de 16,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. A produção mensal de aço líquido registrou uma alta de 2% em abril, acumulando entre janeiro e abril um aumento de 13,9% em comparação com os primeiros quatro meses de 2020.
“A demanda continua se recuperando. Estes dados são animadores, embora de maneira desigual por país e setor. Além disso, devemos continuar atentos às importações extrazona, que representam um risco e deslocamento da produção da nossa região. Em março as importações subiram 27% em relação ao mesmo mês de 2020, a metade proveniente da China”, disse Alejandro Wagner, que é o novo diretor executivo da Alacero. “A recuperação do setor siderúrgico e da sua cadeia de valor é muito importante para a América Latina, que foi uma região muito afetada economicamente pela pandemia da Covid-19. O setor gera 1,2 milhão de empregos qualificados e capacitados na região, e é preciso preservá-los. Para que esta recuperação se mantenha ao longo do tempo, são necessárias políticas públicas que favoreçam os investimentos privados nacionais e estrangeiros e estimulem a recuperação econômica, levem à redução da carga tributária e ao aumento da produtividade”, acrescentou.
Fonte: comunicaciones@alacero.org