A despeito dos indicadores serem favoráveis, uma vez que há números positivos em muitas atividades empresariais, e que você pode conferir em diversas matérias de nossas edições o Brasil não consegue deslanchar no seu desenvolvimento por conta de um processo político avassalador. Nenhum brasileiro de bom senso não reconhece que infelizmente avançamos em vários quesitos, mas no tocante a políticos, somos muito mal servidos e ainda continuamos mais próximos de países em inicio de desenvolvimento do que países que tem um projeto nacional de crescimento ou grandes planos futuros.
O atual governo ao encontrar os três poderes aparelhados, política e fisiologicamente conseguiu aplacar algumas mazelas como a corrupção que era endêmica no Brasil que ainda existe mas está restrita a fatos mais pontuais, mas tem imensas dificuldades em arrumar a casa como deveria ser e partir para o futuro.
De outro lado, sem analisar se as medidas foram certas ou erradas, o governo trouxe contra si, praticamente a mídia toda, que se nega a divulgar qualquer fato positivo que tenha beneficiado nosso país e só tem olhos para os “erros” que afinal todos cometemos. Criaram até um termo “despiora” para mostrar a parcialidade da informação.
Há ainda a oposição irresponsável, marca registrada tupiniquim, que não ajuda em nada, apontando soluções ou alternativas para nenhum problema ou nenhuma demanda do seu povo, mas faz questão de infernizar a vida de quem está no comando.
Com isso as reformas que precisamos, a modernidade que exigimos, a menor intervenção do estado nos negócios privados estão cada vez mais distantes e com menores possibilidades de acontecerem.
Somos campeões mundiais em pelo menos dez produtos agrícolas ou minerais, mas todos eles são exportações primarias sem nenhum valor agregado. Tiramos da terra e colocamos no navio ou no trem e depois compramos este mesmo produto já processado por um valor muito maior.
A competitividade da indústria em geral e a de transformação em particular esbarra em um monstro chamado “Custo Brasil”, uma mistura de burocracia + tributos+ insegurança jurídica, que já foi objeto de mais de cem artigos ou entrevistas ou matérias em nossos informativos e que continua tirando a competitividade do produto nacional e a vontade de investidores internacionais em aplicarem no Brasil.
O pesado investimento em educação que como exemplo alguns países do mundo fizeram, e os que colocaram em um outro patamar, aqui ainda é motivo de discussão política, pois as universidades também em grande parte aparelhadas, na maioria das vezes jogam contra qualquer iniciativa que venha modernizar o processo.
Qualquer iniciativa no sentido de dar um passo adiante esbarra em vários destes itens que citei acima, e estes são só alguns, que inviabilizam a caminhada brasileira.
Para citar o exemplo mais recente, o governo parece que conseguiu concluir o processo para privatização de um tremendo “Elefante Branco” ou um gigantesco “Cabide de Empregos” chamado Eletrobras. Com pelo menos dois anos de atraso, pois era uma promessa de campanha para acontecer nos primeiros meses do governo. Pois bem, ainda ontem lemos que existe mais de uma dezena de ações judiciais e todo tipo de tentativas vindas de partidos de oposição, associações, sindicatos de empregados e demais interessados em tumultuar protocoladas junto ao nosso Supremo. Aqui prefiro nem comentar. Deixo o julgamento por conta de cada um.