Caminhões autônomos da Vale movimentaram 100 milhões de toneladas

Resultado de seis anos de pesquisa e testes, os caminhões fora de estrada autônomos, que circulam sem operador na cabine, completaram em junho 100 milhões de toneladas transportadas e já percorreram 1,8 milhão de quilômetros, na mina de Brucutu, que produz minério de ferro em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). Desde o início da implantação do projeto, em 2016, não houve acidentes causados pelos caminhões autônomos, as emissões de carbono sofreram redução devido ao menor consumo de combustível e a produtividade da mina aumentou. Em 2019, todos os 13 caminhões que circulam em Brucutu já utilizavam a nova tecnologia, fazendo dela a primeira mina do Brasil com operação 100% autônoma.

Com capacidade para transportar 240 toneladas, os caminhões são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial, percorrendo a rota entre a frente de lavra e a área de descarga. Nos últimos cinco anos, foi comprovado que o consumo de combustível dos caminhões autônomos é 11% menor que o dos tripulados. A velocidade máxima dos caminhões, que era de 40 km/h, chegou a 60 km/h. A produtividade horária, medida pela quantidade de minério de ferro transportada por hora, teve aumento de 11% – cinco pontos percentuais a mais do que o esperado. O programa de autônomos da Vale continua em expansão, com um investimento total de cerca de US$ 40 milhões em 2021. No momento estão sendo feitos testes com caminhões autônomos em Carajás.

Os operadores que antes ficavam na cabine receberam treinamento e foram realocados para outras funções, sendo uma delas a operação nas salas de controle – com ar condicionado, sem vibração e ruídos –, a quilômetros de distância da frente de lavra. Com isso, as situações de risco envolvendo os operadores dos caminhões, como tombamento e colisão, foram eliminadas.

“São muitos resultados e aprendizados para serem celebrados com o nível atual de maturidade da mina autônoma”, explica o gerente-executivo do Complexo de Brucutu e Água Limpa, Jefferson Corraide. “Certamente o avanço mais importante propiciado pela implantação é a redução da exposição de pessoas ao risco. A mina se tornou mais segura tanto pela tecnologia embarcada quanto pela disciplina exigida para tornar o processo sustentável e fluido. Os processos de otimização da operação autônoma vão além do caminhão e abrangem o complexo como um todo”.

Fonte: Assessoria de imprensa da Vale