Queda nas projeções para 2021, refletem o problema que as montadoras estão enfrentando com a falta de semicondutores.
Em outra noticia de nosso portal, quando falávamos dos números divulgados pela Anfavea, foi alertado que o mundo deixará de produzir cerca de 3,6 milhões de veículos em 2021 por conta da falta de componentes, principalmente os semicondutores. (Veja a Notícia).
Agora o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Junior, entidade que reúne as concessionárias e revendedoras de veículos automotores, diz referindo-se ao mercado brasileiro no primeiro semestre desse ano: “Pode parecer muita diferença percentual, mas em relação ao volume, estamos falando de pouco mais de 100 mil unidades, o que não é expressivo. E, caso a produção se regularize, esse resultado, se reverterá para as projeções iniciais”
Disse isso após anunciar que nas projeções da Fenabrave a expectativa de crescimento para a venda de automóveis em 2021, estimadas inicialmente em 15,4% foram revisadas para baixo e agora são de 10,2%.
O maior problema é a falta de semicondutores que tem causado a interrupção total ou parcial das linhas de montagens em várias unidades nos mais diversos pontos do país e do mundo. No Brasil o problema ainda é agravado pois tivemos algumas unidades da federação com problemas de restrições ao trabalho pela não contenção da pandemia do Convid 19. Com isso, segundo Alarico, no primeiro semestre deixaram de ser comercializados cerca de 200 mil veículos.
Mas nas projeções da Fenabrave há segmentos como os de caminhões e ônibus, de implementos rodoviários e o de tratores e máquinas agrícolas que foram revisados para cima, ou seja, deverão ter um desempenho melhor ainda do que havia sido projetado em janeiro.
Com respeito ao segmento de tratores e implementos o presidente falou: “O Plano Safra 2021/2022 anunciado recentemente apontou aumento nos montantes destinados à aquisição de máquinas e equipamentos. Somado ao bom momento do agronegócio brasileiro, entendemos que o segmento deve crescer mais do que havíamos projetado em janeiro, mesmo com a regularização gradativa da produção”.
Por fim ele acredita que o momento é de crescimento do setor, pois além da economia estar retomando um ritmo acelerado e mesmo com o ajuste do SELIC, a aprovação de crédito pelos bancos para a aquisição de veículos continua sendo muito favorável. Não há queixas de falta ou dificuldades de financiamento.
Fonte: Fenabrave
