O assunto do momento na siderurgia nacional diz respeito à importação de aço. Sem dúvida, é uma questão que causa o maior rebuliço no setor. Mas, como tudo na vida, depende do ângulo pelo qual a situação é vista.
Rapidamente, vamos então tentar explicar a presente politomia. Para o consumidor final, a entrada de aço importado acaba sendo mais uma opção de mercado, e lhe permite possibilidade de escolha, levando em conta fatores como a qualidade, a presteza no atendimento, a assistência técnica, os prazos de entrega e, o mais importante dos quesitos: o preço.
Já para as usinas, é mais uma preocupação, pois mesmo com o aumento de produção e atendimento ao mercado interno, há setores que reclamam – com ou sem razão – de problemas relacionados ao desabastecimento, ao aumento de preços e, ainda, à extensão dos prazos de entrega.
Por sua vez, para os distribuidores e revendedores, o aço importado é um concorrente a mais. E, como agora é que estão começando a chegar aços comprados em janeiro ou fevereiro, com os preços daquela época, isso se torna uma dor de cabeça adicional. Finalmente, para o governo que quer aumentar a participação de produtos brasileiros no comércio mundial, o assunto é um “fio da navalha” entre atender aos produtores nacionais, que querem o mercado fechado; atender aos clientes, que querem aço de qualidade a preços mais baixos e, possivelmente, entregas mais rápidas; e, ainda, a pressão internacional por mais abertura.
Nesta edição da revista Siderurgia Brasil, explicamos em várias matérias os detalhes de todo este imbróglio, e damos a cada leitor a oportunidade de fazer o seu próprio julgamento sobre a questão. Além disso, tratamos de outras questões muito sérias relacionadas ao momento atual. Uma delas busca resposta para a pergunta: “Antes da reforma tributária, não seria necessário fazer uma reforma ética das pessoas que vão cuidar do assunto?” E outra, para a seguinte questão: “Como a COVID influenciou a vida das empresas e seu desenvolvimento?”
Em nossas páginas, trazemos também uma análise com muitos detalhes sobre o comportamento do mercado siderúrgico global ante ao fato de que a China, mais uma vez, superou a tudo e a todos, produzindo mais da metade do aço do planeta no primeiro semestre de 2021. E saiba tudo sobre a nova ferramenta patenteada pela Usiminas e, ainda, sobre as importantes datas que a ArcelorMittal-Vega e a CSP estão comemorando em suas plantas.
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Boa leitura!
Henrique Patria
Editor Responsável – henrique@grips.com.br