Exportações de sucata ferrosa seguem em patamares elevados em julho

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, ficaram estáveis em julho em relação ao mês anterior, totalizando 45.082 toneladas, mas em patamar ainda elevado neste ano. Em comparação a julho do ano passado, cujo volume de exportação foi de 76.460 toneladas, houve uma queda de 41,04%, O bom volume de exportações desde junho, após um período de retração no primeiro trimestre, se deve principalmente às queda nos preços no mercado interno, refletido pelos baixos preços pagos pelas usinas siderúrgicas no Brasil, segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).

As importações, por sua vez, continuam em ritmo de redução neste ano, embora em julho tenham superado um pouco as 11 mil toneladas, porém, bem abaixo dos números de janeiro a abril, quando em todos esses meses foram superiores a 35 mil toneladas. O pico foi em fevereiro, quando ultrapassou 63 mil toneladas.

A expectativa é que as exportações de sucatas ferrosas continuem em ritmo crescente, porém, abaixo da média anual de 2019 e 2020. As empresas processadoras seguem priorizando o mercado interno nas vendas de sucata, destinando mais de 90% da produção às usinas siderúrgicas locais, conforme o Inesfa.

O consumo de sucata no Brasil vem reagindo desde o final do ano passado, puxado pela forte retomada da indústria da construção civil e maior demanda por aço, podendo superar 9 milhões de toneladas neste ano, 13,1% acima de 2020, que fechou em 7.957 milhões de toneladas, muito próximo do estimado nos cálculos do Inesfa. “Apostamos em um ano melhor, mas ainda distante do pico de 2013, onde foram consumidas 11,171 milhões de toneladas”, diz Alvarenga.

Fonte: Mauroarbex@gmail.com
Assessoria de imprensa