Mais uma vez os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, mostraram um crescimento do consumo aparente. Nos primeiros sete meses do ano este crescimento acumulou alta de 44,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas no mercado interno foram 2 milhões de toneladas em julho, com crescimento de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2020. Se considerarmos os sete primeiros meses do ano foram vendidas para o mercado interno 14,1 milhões de toneladas de aço, com alta de 38,4% em relação ao ano passado.

No quesito produção, ela foi pouco superior a 3 milhões de toneladas em julho, 14,5% a mais do que o ano passado, mas ligeiramente inferior à produção do mês passado. Usando a mesma base considerando de janeiro a julho de 2021, a produção total de aço bruto foi de 21 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 22% frente ao mesmo período de 2020.

Segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, “Os números mostram que a indústria brasileira do aço está produzindo e atendendo seus clientes em volumes superiores àqueles verificados antes do início da pandemia do COVID-19, não se justificando, portanto, pedidos de redução do imposto de importação de produtos siderúrgicos apresentados ao governo. O mercado encontra-se plenamente abastecido e sem qualquer excepcionalidade que justifique tal iniciativa”.

No entanto, o excesso de capacidade produtiva de aço no mundo, que está na casa de 560 milhões de toneladas, tem provocado práticas predatórias de comércio fazendo com que vários países adotem medidas de defesa comercial mais restritivas como, por exemplo, a taxação das importações de aço em 25% nos EUA e salvaguardadas para importação de produtos siderúrgicos na Europa.
Como consequência, países com excedente de produção estão desviando suas exportações de aço para mercados sem proteção, como é o caso do Brasil e demais países da América do Sul, o que requer cuidado e responsabilidade na avaliação de pleitos dessa natureza.

Na mesma reunião foi divulgado o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA), referente ao mês de agosto que cresceu 9,6 pontos frente ao mês anterior, para 68,9 pontos. Esta alta, após dois meses de queda, fez o indicador ficar 7,7 pontos acima da média histórica, de 61,2 pontos. O aumento da confiança dos CEO’s da indústria do aço se deve, principalmente, à melhora das expectativas em relação ao desempenho do Mercado nos próximos seis meses”.

Fonte: Instituto Aço Brasil.