Não dá para sair atirando para todo o lado, sem um alvo definido. A busca de novos clientes não é uma tarefa tão simples assim. Sem planejamento e definição de onde se quer chegar fica quase impossível alcançar o sucesso.
Henrique Patria*
Todas as pessoas que estão minimamente antenadas já perceberam que a Economia Brasileira respira outros ares e o start da retomada já foi dada há algum tempo. Quem ainda não percebeu, certamente está fora do mercado, ou vai permanecer nas infindáveis lamentações sem resultados práticos.
Após as incertezas impostas pela pandemia do Conoravirus e que não ocorreram exclusivamente para países pobres, ou em vias de desenvolvimento, vivemos uma nova era mundial.
Pudemos assistir países tradicionais como Itália, França, Japão, Reino Unido e muitos outros sem saber como combater ou conter o “vírus” e como fazer para manter minimamente ou reprogramar suas atividades econômicas. Certamente são inesquecíveis algumas cenas exibidas em canais de TV ou Internet de todo o mundo como a de grandes avenidas como a Champs Élysées, totalmente vazia, ou aquela outra imagem de um tenor cantando em uma varanda em uma Vila Italiana, já que a Itália assim como grande parte do mundo estava parada e todos trancados em casa.
A Internet foi o grande canal de divulgação e tudo que acontecia no outro lado do mundo, ou nos países vizinhos eram imediatamente transmitidos por todo canais mundiais.
Mas a capacidade de resiliência do ser humano é algo divino e como num estalar de dedos a partir do início do segundo semestre de 2020 o que se viu foi uma virada de ritmo absolutamente inimaginável. Aquele bordão “Cinquenta anos em cinco” do saudoso presidente brasileiro Juscelino Kubitschek, ou seja, fazer muita coisa em muito pouco tempo, foi seguido à risca e mesmo com números alarmantes de mortes acontecendo em todo o mundo em virtude da onda devastadora da doença, iniciou-se um processo de retomada do espaço de negócios. E agora em 2021, já com um ano da doença que ainda não está totalmente controlada o mundo dos negócios corre para recuperar-se das perdas.
As empresas, que são as pequenas células de toda esta engrenagem, estão operando no mesmo sentido e além de ocupar um espaço que já foi seu, descobriram que este é o momento para tentar aumentar o seu market-share, ou seja a sua fatia de participação no mercado.
E parece que os desafios estão sendo vencidos e as barreiras estão se quebrando em meio a uma realidade diferente do que previam alguns “gurus” da economia que com suas projeções e seus gráficos de desempenho super afiados, previram momentos devastadores para a economia nacional e a grande maioria das empresas.
Os balancetes das grandes companhias, publicados a cada três meses, de acordo com as normas impostas pelo Mercado de Capitais, vêm demonstrando resultados excepcionais em quase todas as grandes empresas, e o surpreendente é que não é só em uma vertente, mas praticamente em todos os segmentos. Os Índices de Confiança dos empresários, estão batendo recordes todos os meses. O PIB que havia sido projetado para 2 a 3%, hoje já se fala em 5% a 6%. Vários segmentos só não aumentam sua produção pela falta de insumos e matérias primas.
E como fazer para acompanhar esse desenvolvimento. Como levar esta euforia e estes resultados para dentro de sua empresa.
É preciso se organizar! Para você que quer crescer com consistência é preciso “ter os pés no chão, a cabeça recheada de sonhos e os braços prontos para arregaçar as mangas e botar mãos a obra.”. Para que estes sonhos se concretizem você precisa ter um plano de trabalho. Você precisa ter um “Plano de Negócios ou um Plano de Ação”.
E por onde começar?
Vou te dar aqui alguns caminhos que você obrigatoriamente terá de percorrer, para ver seus resultados acontecerem.
Você precisa conhecer profundamente seu negócio. Neste conhecimento estão envolvidos os seus fornecedores em todos os níveis, desde aqueles ligados à matéria prima, passando pelos fornecedores de insumos, embalagens, logística e outros. Precisa saber da sua capacidade física de produção, de seus colaboradores, de seus recursos financeiros e outros detalhes que são importantes para você tomar decisões com segurança.
Precisa também e principalmente saber como tratar o seu cliente. Ele é o seu REI. Sem ele, sua empresa não existe. Como ele quer receber o produto, como está a situação econômica dele neste momento, O que você pode fazer a mais para encantá-lo, como ele recebe as investidas de seus concorrentes, enfim todas as informações que conseguir reunir serão extremamente úteis, deste que é o seu alvo maior.
Merecem um capítulo à parte os seus concorrentes. Com quem você está disputando cada palmo do mercado, qual a situação deles, principalmente tecnológica, pois aí está o ponto, onde os produtos deles são melhores que o seu. E o que você pode fazer para “roubar” uma fatia do mercado que hoje pertence a eles. O que você pode oferecer a mais? Assistência Técnica, pontualidade na entrega, diversificação de produtos, melhores condições comerciais e de pagamento?
Todos estes são pontos fundamentais que envolvem a análise de cenários, em todos os níveis e o mapeamento das circunstâncias que você vai enfrentar, para esta retomada.
De posse de tais informações você poderá definir onde quer chegar, como quer chegar e em quanto tempo pretende chegar o seu objetivo.
Uma vez definidas estas metas o negócio é colocar em execução todo planejamento estratégico que você desenhou.
E qual será a cara de seu produto no mercado? Ou ele é uma commodities que não tem uma cara diferenciada?
Neste caso, o negócio é caprichar na apresentação do produto. Bem limpo, embalado de acordo, com ótimos prazos de entrega, assistência técnica caprichada e assim por diante. Sempre há o que fazer para destacar-se.
E a estratégia de marketing? Como será sua “Apresentação”?
Como será sua publicidade? Esta é uma das decisões importantes que você terá de tomar. É hora de “colocar a boca no trombone” e partir para divulgar tudo que está fazendo. A única coisa que você não pode fazer é ter todo este trabalho e vontade de buscar seus sonhos mas ficar quietinho, não contando para ninguém suas novidades.
Esta é a hora de “Mostrar a sua cara e dizer a que veio”.
*Henrique Patria
Editor Revista Siderurgia Brasil / Consultor de marketing