Mantendo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 4,8% para 2021, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou dia 30/9, a Visão Geral da Conjuntura, análise trimestral da economia brasileira. Já para 2022, a projeção para o crescimento acumulado do PIB foi revista de 2% para 1,8%. Essa revisão se deu por conta do cenário macroeconômico, com persistência da inflação em patamar elevado, impactando o poder de compra da população, e com a consequente necessidade de um aperto monetário maior do que o esperado. Por outro lado, o crescimento robusto do setor agropecuário e o aumento da disponibilidade de caixa dos governos estaduais – que poderá ser utilizado para ampliar os investimentos – contribuíram para que a revisão para o próximo ano tenha sido pouco significativa.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção é de alta de 8,3% e de 8,6% para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) em  2021. Já para 2022 há expectativa de desaceleração da taxa de crescimento dos preços, tanto para o IPCA quanto para o INPC, em relação à alta projetada em 2021. Sendo assim, a inflação medida pelo IPCA deve encerrar o ano de 2022 em 4,1%, levemente acima dos 3,9% estimados para o INPC.

O Grupo de Conjuntura do Ipea analisou o cenário fiscal brasileiro, com perspectiva de melhora nas contas públicas em 2021. Para 2022, persistem incertezas, a principal das quais está associada à magnitude do esforço de contenção de despesas requerido para a obediência do teto de gastos da União.

O Grupo de Conjuntura do Ipea também divulgou nota com os indicadores mensais de atividade econômica, cujo desempenho indica a continuidade da recuperação da economia no início do terceiro trimestre de 2021. Os pesquisadores estimam, para agosto deste ano – na comparação com o mês de julho, avanço de 0,1% no setor de serviços, alta de 0,6% na produção industrial e queda de 1,1% no comércio varejista. Na comparação com o mês de agosto do ano passado, a previsão é de alta em todos os segmentos: setor de serviços (+ 15,7%), produção industrial (+ 1,2%) e comércio varejista (+ 2%).

Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação Ipea