A Indústria Automobilística Brasileira, também deu seus primeiros sinais de reação ao fechar o mês de outubro com crescimento na produção de 2,6% em relação ao mês anterior com 177,9 mil veículos produzidos. Mesmo com esse resultado foi o pior outubro dos últimos cinco anos, pois mesmo com as fábricas acelerando sua produção para suprir a demanda do final do ano, continuou tropeçando na falta dos chips e componentes eletrônicos que vem retendo o crescimento da indústria automobilística em todo o mundo. Tais informações fazem parte do balanço mensal apresentado pela Anfavea, entidade que reúne as montadoras de veículos no Brasil.

Segundo afirmou o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes; “Os esforços das áreas de Compras, Logística e Manufatura das montadoras merecem todos os elogios, mas infelizmente a demanda reprimida, somada ao tradicional aquecimento de fim de ano, poderá não ser atendida pela oferta”.

O estoque de somente 17 dias reflete bem a situação de que tudo que é produzido é imediatamente utilizado para suprir pedidos.

Em outubro foram 162,3 autoveículos emplacados, 4,7% a mais que em setembro e 24,5% a menos que em outubro de 2020. Assim como verificado na produção, este foi o pior outubro dos últimos cinco anos em vendas.

No quesito exportações houve um crescimento de 26,1% em relação ao mês passado com 29,8 mil autoveículos e queda de 14,6% sobre outubro de 2020. No acumulado do ano já foram exportadas 241,9 mil unidades, 26,8% a mais que no mesmo período do ano passado. É um desempenho superior às altas acumuladas de produção e de vendas, de 16,7% e 9,5%, respectivamente, lembrando que 2020 teve um desempenho fortemente prejudicado pelo início da pandemia. Segundo Moraes os números estão em linha com as projeções refeitas há um mês, que apresentavam um crescimento tímido em relação ao ano passado – diferente da expectativa do início do ano, que era de uma forte reação.

Também houve leve queda de produção (1,7%) e vendas (5%) para caminhões em outubro, na comparação com setembro. Esta queda foi justificada na apresentação por termos tido um mês com menos um dia útil em relação ao mês passado, mas também pela falta de semicondutores que também começa a afetar este segmento. Por terem volumes de produção menores do que os automóveis, os caminhões ainda não tinham sido fortemente impactados pela falta de itens eletrônicos.

As projeções indicam que devem ser produzidos de 160 a190 mil veículos por mês nestes dois últimos meses do ano. No primeiro cenário espera-se que a produção do ano seja de 2.129 milhões de veículos o que representaria um crescimento de 6% e no segundo cenário, mais otimista, a produção alcançaria 2.219 milhões de toneladas com crescimento previsto de 10%.

Fonte Anfavea