As empresas estão cada vez mais investindo esforços em suas áreas de P&D, visando se antecipar às demandas e colocar-se à frente de suas concorrentes.

Henrique Patria

No último mês de outubro o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Usiminas completou 50 anos de atividades. Ele está localizado dentro da Usina de Ipatinga em Minas Gerais e conta com uma equipe treinada de profissionais qualificados voltados para o aperfeiçoamento e desenvolvimento de novos aços com qualidade superior, mais valor agregado e com menos impacto ambiental.

Recentemente os esforços têm sido voltados para o desenvolvimento de produtos para instalação de torres de energia eólica e solar e aços para outras aplicações em todos os setores que demandam a presença do aço.

Segundo seus dirigentes as atividades de pesquisa estão alinhadas aos cenários nacional e internacional, o que propicia à Usiminas maior agilidade na antecipação das necessidades dos clientes. Suas ações são direcionadas para absorver, gerar e disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para o desenvolvimento e melhoria de produtos em aço, à otimização dos processos industriais e redução de custos, sempre integrados aos conceitos de sustentabilidade.

Sergio Leite, presidente da Usiminas “A necessidade das empresas de se manterem competitivas em um mercado cada vez mais acirrado como o de produção e beneficiamento do aço, levam as companhias a investirem estrategicamente em pesquisa e desenvolvimento, criando soluções para aprimorar os seus processos e serem cada vez mais eficientes e sustentáveis”.

Atualmente o Centro de Pesquisas da empresa ocupa uma área de 13 mil metros quadrados e conta com uma equipe de cerca de 100 profissionais, entre pesquisadores, cientistas e técnicos. Com foco em treinamento e capacitação, 69% do efetivo possui mestrado, 13% doutorado e 12% especialização. Além de investimentos em treinamentos e parcerias com universidades, siderúrgicas e centros de pesquisa no exterior como Japão, Estados Unidos, Inglaterra e França.

O Centro de P&D, está integrado com todas as unidades da Usiminas e vem sendo um dos grandes diferenciais competitivos da companhia, contribuindo para o seu desenvolvimento tecnológico e potencializando-a como desenvolvedora de aços de extrema qualidade.

Conforme afirma o gerente-geral do Centro de P&D da Usiminas, Carlos Salaroli: “Nosso objetivo é sempre estar à frente do nosso tempo, caminhando na vanguarda do conhecimento. Aumentando e treinando a nossa equipe, incluindo, cada vez mais mestres e doutores no nosso time. Além de investimentos em equipamentos sofisticados, desenvolvimento de técnicas de análises e simulações para otimizar os processos siderúrgicos, desenvolvendo novos aços, melhorando a qualidade dos existentes e apoiando nossos clientes para o melhor desempenho de seus produtos e processos”.

Como resultado prático e ainda segundo o gerente geral, os principais objetivos, são o desenvolvimento de novos aços e aprimoramento dos já produzidos para o mercado automotivo, eletroeletrônico, utilidades domésticas, embalagem, construção civil, máquinas pesadas, tubos, plataformas e navios. Os tipos de aço para cada uma dessas finalidades vêm evoluindo ao longo do tempo e para Salaroli, uma das metas é conseguir estar sempre se antecipando às demandas dos diferentes mercados.

Finalizando, na área automotiva, por exemplo, ele lembra que a demanda é crescente por veículos mais compactos, econômicos, menos poluentes, mais seguros e com designs mais complexos. Para isso, os estudos do Centro de Pesquisa estão voltados para aços com maior resistência mecânica, que permitem a redução do peso dos automóveis por meio da utilização de chapas com menor espessura e desempenho igual ou superior na estrutura do carro. Além de alta resistência mecânica, estão voltados também para os aços que demandam elevada capacidade de absorção de energia contribuindo, dessa forma, para mais proteção aos passageiros durante uma eventual colisão.