Com volume praticamente igual a outubro, de 54.235 toneladas, as exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, somaram 54.704 toneladas em novembro deste ano, mas em relação a novembro do ano passado tiveram aumento de 81,4%, quando atingiram 30.163 toneladas. No ano, porém, as exportações somaram 455.185 toneladas, apresentando queda de 36,3% em relação a janeiro a novembro de 2020 (715.044 toneladas), conforme dados divulgados pelo Siscomex.

Já em relação às importações, houve um crescimento em novembro, mas explicado, conforme fontes do mercado, pela chegada de um navio com carga antiga que estava aguardando liberação para desembarque. As importações atingiram 32.935 toneladas em novembro deste ano, em comparação a apenas 3.342 toneladas em outubro e 2.518 toneladas em novembro de 2020.

A procura de sucata ferrosa no Brasil vem reagindo nos últimos meses e pode superar 9 milhões de toneladas neste ano, 13,1% acima de 2020, que fechou em 7,957 milhões de toneladas, segundo previsões do Inesfa.

Segundo o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, após um período de baixo interesse pelas usinas siderúrgicas, no momento há um importante aumento da demanda, o que levou o setor a priorizar as vendas no Brasil. “O mercado interno está abastecido de sucatas metálicas e em condições de atender plenamente as usinas siderúrgicas e fundições”, afirma Alvarenga.

Acrescentamos a informação de que na última coletiva do Instituto Aço Brasil, a questão da sucata foi colocada em pauta e segundo os dirigentes do Instituto, as usinas brasileiras tem capacidade para absorver toda a sucata gerada. Está faltando um maior entendimento entre as partes envolvidas para se materializar esta pratica.