Conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – INDA, houve uma ligeira queda nas vendas em novembro, de 3,8% com 282,2 mil toneladas vendidas, contra 293,4 mil toneladas do mês passado. Considerando a movimentação em relação ao mesmo mês no ano passado, a queda foi mais acentuada de 16,8%.
As importações de aços planos, continuam sendo o grande vilão do setor. Na verdade, a chegada de material diminuiu, mas o material que já está no porto e agora vem sendo colocado no mercado pelos importadores, tem dificultado muito a atividade. Para se ter uma comprovação deste fato, só no mês de novembro foram contabilizadas a chegada no mercado nacional de 277.311 mil toneladas de aços sendo que somente 35.803 mil foram de placas importadas e usadas diretamente pelas usinas para serem laminadas ou relaminadas no Brasil.
Portanto, este total de importação de 241.507 mil toneladas chegou muito perto das 282,2 mil toneladas hoje divulgadas. A diferença foi somente em torno de 15%.
Segundo Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, o problema vai perdurar por mais algum tempo, pois segundo suas fontes há ainda no porto, principalmente em São Francisco do Sul – SC, mais de 300 mil toneladas de aços planos que serão colocados no mercado nacional.
A grande estrela desta importação são os produtos zincados, que deste total de 241 mil toneladas representaram em torno de 116 mil toneladas, quase 50% do total.
A boa nota foi que as empresas do grupo de distribuição tiveram uma boa administração do estoque e receberam 283,2 mil toneladas contra 286,3 mil do mês passado, com queda de -1,1% no mês e em relação ao ano passado -2,9% pois havia sido recebido 291,5 mil toneladas.
Com este melhor gerenciamento o estoque da rede permaneceu em números absolutos, em 827,1 mil toneladas contra 826,2 mil do mês passado. O giro de estoque fechou em 2,9 meses.
Falando de preços, aqui no Brasil, com o mercado plenamente abastecido as usinas vêm alcançando relativo sucesso na exportação mantendo equilibrada a questão da oferta e da procura, e no seu entendimento caso os preços permaneçam em queda no exterior, aqui no Brasil não há espaço para qualquer tipo de reajuste pelo menos até o final do 1º trimestre de 2022, no seu entender. Pelo contrário alguns descontos deverão acontecer.
Finalizando, muito do aço que chegou este ano, perto de 1,9 milhão de toneladas, veio com preços menores do que os praticados no Brasil, pois haviam sido comprados no final do ano passado e início deste ano, com preços daquela época e, em alguns casos com diferenças de valores ao redor de 15%. Fonte: Inda.