Com a apresentação dos números referentes a dezembro, a rede de distribuição de aços planos representada pelo INDA, demonstrou que em 2021, que dava a impressão que seria um período de alta alavancagem para o setor, não conseguiu confirmar as previsões do inicio do ano e fechou com estabilidade em relação às suas vendas. Em 2021, foram comercializadas 3.590,2 mil toneladas contra 3.615,4 mil toneladas do ano de 2020. Portanto uma queda, que mesmo sendo considerada insignificante foi de 0,7%,
Certamente o maior concorrente da rede foi a chegada em larga escala de aço importado e em muitos casos, com preços mais acessíveis do que os que estavam sendo praticados no mercado interno, mesmo considerando os custos de fretes, armazenagem, desembaraço aduaneiro e outros.
Para o mês de dezembro foram vendidas 261,5 mil toneladas contra 282,2 mil de novembro, portanto queda de vendas na ordem de 7,4%. Fazendo a comparação com o mesmo mês no ano passado, tivemos uma queda de 9,2%, pois em dezembro de 2020, foram vendidas 288 mil toneladas de aços planos.
Já na outra extremidade onde se registram as compras das distribuidoras junto as usinas houve um crescimento anual na casa dos 7,6% com a aquisição de 3.728,8 mil toneladas contra 3.464 no ano de 2020. Já no mês de dezembro foram recebidas 248,6 mil toneladas contra 283,2 mil de novembro, com queda de 12,2%. Em relação a dezembro de 2020 a queda foi de 25,4% pois naquela ocasião haviam sido comprados 333,2 mil toneladas.
Com esta movimentação os estoques da rede fecharam em 75, 7 mil toneladas o que representa um giro 3,1 meses de vendas.
Em dezembro, que é um mês com menos dias úteis de trabalho as importações registraram queda de 33,3% em relação ao mês anterior, com volume total de 161 mil toneladas contra 241,5 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (92,2 mil ton.), as importações registraram alta de 74,6%. No entanto se considerarmos os totais do ano, chegaremos ao crescimento nas importações de impressionantes 118% em relação ao ano de 2020, uma vez que foram colocadas no mercado 2.029.727 mil contra 931.844 do ano passado.
Para o futuro, Carlos Loureiro, presidente da entidade acredita que em janeiro quando se inicia o processo de retomada natural das atividades tanto vendas como compras possam crescer em torno de 10%