Mais do que os números mostrando resultados positivos em janeiro de 2022, portanto começando bem o ano, a rede de distribuição de aços planos, representada pelo INDA – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, está comemorando a recuperação do “market-share” ou seja a sua fatia de participação no mercado, que havia sido perdida no ano passado, para os importadores e para as próprias usinas.
Segundo Carlos Loureiro, Presidente executivo do Inda, com o mercado plenamente abastecido e com os preços estabilizados, é natural que a rede venha desempenhar o seu papel, que é aquele bolsão regulador de aços do mercado, fornecendo com mais agilidade e em quantidades diversas das usinas, pois possui normalmente estoques que atendem a maioria das necessidades.
Quanto às importações Loureiro disse que ainda restam nos portos estocados, mais de 300 mil toneladas que provavelmente serão colocadas gradativamente no mercado ao longo deste ano, no entanto não há noticias de novas e consideráveis compras no exterior. De outro lado este aço estocado, está sofrendo os custos diários de estocagem, armazenamento etc. As notícias é de o que tem chegado está dentro da normalidade e não deve representar concorrência significativa para o mercado da distribuição e processamento de aços.
Os números deste mês, mostram que houve alta nas vendas de 14,2% quando comparada a dezembro, com um total de 298,5 mil toneladas contra 261,5 mil. Mas se formos comparar com o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 324,6 mil toneladas, houve uma queda de 8,1%.
Com relação às compras, foi registrada alta de 21,7% em relação a dezembro, com volume total de 302,4 mil toneladas contra 248,6 mil. Também frente a janeiro do ano passado (335,9 mil ton.), houve queda de 10%.
Com este movimento os estoques fecharam o mês com 818, 1 mil toneladas que significa 0,5% a mais do que no mês passado e representa um giro de 2,7 meses de vendas.
A questão de preços permanece estabilizada. Segundo Loureiro as usinas começaram a realizar um movimento inverso, ao que ocorria no final do ano passado, quando descontos eram praticados no fornecimento à rede. Neste momento tais descontos estão sendo retirados gradativamente. Com a alta no preço internacional do carvão e manutenção de preços mundial do minério do ferro as usinas estão mantendo os preços, e não há notícias neste mês de algum movimento para reajuste nos preços internos.
Ainda sobre o mercado internacional ele acredita que haverá alguma mudança nesse “tabuleiro”, pois as placas originárias da Rússia e da Ucrânia já estão sofrendo interrupção no fornecimento em função dos distúrbios internacionais que é do conhecimento geral.
Fonte: Inda.