Com tecnologia patenteada e desenvolvida pela Petrobrás em parceria com a PUC-Rio, a estatal começou o processo de licenciamento do robô Auri (sigla para Autonomous Underwater Riser Inspection). O robô dispõe de câmeras de alta resolução e será operado remotamente para identificar a necessidade de manutenção nos dutos flexíveis que transportam o petróleo das instalações submarinas às plataformas de produção. Os primeiros testes foram realizados recentemente na plataforma P-43, na Bacia de Campos, com bons resultados, permitindo o início do processo de licenciamento da tecnologia, que deve ser concluído até o fim do ano.
Para ser utilizado, o robô é instalado na parte externa do duto flexível submarino com apoio de um ROV (sigla em inglês para Remote Operated Vehicle) e, a partir daí, executa parte das tarefas de inspeção e toda a limpeza, sendo operado, a partir da embarcação, por um profissional especializado. Outra vantagem é a capacidade de o robô portar ferramentas e girar 360 graus em volta do duto, mesmo que ele esteja bem próximo ao casco da plataforma, em local de difícil acesso.
Com potencial de evitar mais de 1.300 horas em operações de mergulho, contribuindo para a segurança dos profissionais, o robô AURI foi desenvolvido a partir do desafio de automatizar a limpeza e inspeção visual de dutos flexíveis, inclusive em profundidades de água maiores que 30 metros, onde o tempo do mergulhador é reduzido. O AURI chega a até 50 metros sem limitação de horas e, comparativamente, apresenta um rendimento – redução do tempo de limpeza – maior que de outras ferramentas transportadas por ROV durante as atividades de limpeza e inspeção. Uma outra vantagem é que o AURI pode ser utilizado mesmo em condições meteorológicas adversas, que são um obstáculo para atividade dos mergulhadores. Além disso, o robô pode ser manipulado e instalado nos dutos flexíveis para realizar a limpeza em velocidade até 10 vezes maior do que é feita atualmente, com consequente redução de custos.
Fonte: Imprensa: PETRONOTÍCIAS