No ano passado houve um momento no segundo semestre em que se apresentou queda nas vendas das usinas para o mercado interno. Segundo o Instituto Aço Brasil isso ocorreu devido ao processo de estocagem que ocorreu nos setores consumidores ao longo de todo o ano de 2020 e grande parte de 2021.

Com isso as usinas colocaram seus excedentes no mercado externo. (Veja matéria a respeito em nosso Anuário Brasileiro da Siderurgia 2022)

Esta curva se reverteu a partir de janeiro deste ano quando registrou-se crescimento nas vendas internas de 1,6% frente ao mês anterior, com 1,4 milhão de toneladas.

Agora em fevereiro de 2022 elas cresceram novamente, desta vez em 8,5% frente ao verificado em janeiro de 2022, atingindo 1,5 milhão de toneladas.

Da mesma forma o consumo aparente de produtos siderúrgicos, que representa a produção + importações- exportações no mês de fevereiro foi de 1,8 milhão de toneladas, 6,4% acima do verificado em janeiro de 2022.

No entanto  produção brasileira de aço bruto caiu e foi de 2,7 milhões de toneladas, representando queda de 7,2% frente ao apurado no mês de janeiro de 2022. A explicação dada é de que fevereiro é um mês com menos dias uteis.

Foi chamada atenção na nota divulgada para os efeitos que à invasão da Ucrânia pela Rússia, o que já está ocasionando para a indústria, não só no Brasil como no mundo inteiro, uma pressão de alta de custos de matérias-primas e insumos energéticos. (Veja em matéria especifica na edição de março da Siderurgia Brasil). O grande problema é que a guerra vem afetando toda logística global, aumentando o preço do frete marítimo, e causando efeitos negativos em toda a cadeia de suprimentos. Na siderurgia mundial Já foram detectados elevações dos preços de alguns insumos básicos como  carvão mineral, gás natural e níquel.

O Instituto também divulgou o resultado do ICIA Índice de Confiança da Indústria do Aço relativo a março/22, com crescimento de 2,1 pontos frente ao mês anterior, atingindo agora 51,1 pontos. O indicador volta a ficar acima da linha divisória de 50 pontos, indicando confiança dos CEOs da indústria do aço, no futuro a curto prazo.

Fonte: Instituto Aço Brasil – IABR