Com um aumento anunciado dos preços no mercado nacional dos aços aqui fabricados, girando na casa dos 20%, em todas as usinas, o presidente do Inda Carlos Loureiro, anunciou que apesar do resultado de fevereiro ter sido praticamente igual ao de janeiro, a expectativa é de que em março haja um crescimento de 15 a 20% nas vendas.

A situação é explicada pois além das empresas estarem recompondo seus estoques que estavam baixos desde o segundo semestre do ano passado, existe ainda esta sinalização de que no próximo mês o aço estará mais caro.

Com relação ao mês de fevereiro, as vendas de aços planos apresentaram alta de 0,7% quando comparada a janeiro, atingindo o montante de 300,7 mil toneladas contra 298,5 mil do mês passado. Pode-se ver que não tendo atingido nem 1%, consideramos que este movimento é de absoluta estabilidade. Já se considerarmos o mesmo mês do ano passado foram vendidas 312,3 mil toneladas, portanto queda de 3,7%.

Já as compras das empresas integrantes da rede de distribuição de aços planos registraram queda de 2,8% perante a janeiro, com volume total de 293,8 mil toneladas contra 302,4 mil. Também se considerarmos como referência fevereiro do ano passado (321,9 mil ton.), a queda apresentada foi de 8,7%.

Com tal movimento os estoques em números absolutos, apresentou queda de 0,8% em relação ao mês anterior, com um total de  811,3 mil toneladas contra 818,1 mil daquele mês. O giro de estoque fechou em 2,7 meses.

As importações registraram 10,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 151,5 mil toneladas contra 169,9 mil. Mas se compararmos com o mesmo mês do ano anterior (101,9 mil ton.), houve alta de 48,6%.

Falando sobre a questão das importações, Loureiro entende que ainda é um número alto, pois vem sendo gradativamente colocado no mercado os altos estoques que estão parados nos portos, desde o ano passado. Estima-se que este número possa estar entre 350 mil a 500 mil toneladas. Por exemplo do Porto de São Francisco do Sul, está problemas pois não tem mais locais para armazenagem, causando grande prejuízos para os importadores cujo navios carregados estão parados esperando espaço para descarregarem. Todos estes custos inviabilizam a importação neste momento.

Sobre a Guerra, há um problema mundial de fornecimento de insumos para a fabricação do aço, pois por exemplo o Brasil depende 100% de carvão importado que deu um saldo de US$170 a US$180 por tonelada no ano passado, para US$670 por tonelada na semana passada. Além do problema de logística com várias rotas fechadas para navegação, por conta da guerra.