ANP prevê aquecimento em exploração no Brasil em 2022
Segundo um levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), as operadoras no Brasil devem perfurar até 30 poços no país em 2022, sendo oito marítimos e 22 terrestres. Além disso, também está previsto um volume considerável de aquisições de dados sísmicos. Assim, a estimativa dos investimentos em exploração para esse ano soma cerca de R$ 2,8 bilhões.
Marina Abelha, da ANP, – atualmente à frente da diretoria 3 do órgão, que abriga a Superintendência de Exploração (SEP) -, vê, por exemplo, que o setor tem se mostrado resiliente frente a todas adversidades enfrentadas desde 2020. Marina lembra ainda que existe a perspectiva da primeira perfuração na Bacia da Foz do Amazonas em 2022, além de novos poços em regiões de nova fronteira das bacias de Sergipe-Alagoas e Espírito Santo. A diretora também comenta que espera um aumento representativo de aquisições sísmicas em 2022, com foco nas Bacias de Campos e Potiguar.
Por fim, Marina fala ainda sobre agenda regulatória, trazendo detalhes sobre duas resoluções importantes que serão trabalhadas pela ANP em 2022: a do Plano de Trabalho Exploratório e a da Prorrogação da Fase de Exploração de Contratos de E&P. “O que vislumbramos é que, de fato, há uma perspectiva de aumento de investimentos na fase de exploração, ainda que discreta”, previu a diretora.
Tendo em vista o atual cenário em que o mundo se reposiciona para atingir as metas do Acordo de Paris rumo à transição energética, o orçamento disponível para projetos exploratórios em nível mundial tem se mostrado cada vez mais escasso. Dessa forma, mostra-se cada vez mais urgente a necessidade de se otimizarem os investimentos na fase de exploração, e uma das saídas é o uso de novas tecnologias, com vistas a aperfeiçoar os modelos geológicos na tentativa de diminuir a necessidade de perfuração de poços. Esta estratégia passa diretamente pela necessidade de aquisição de dados geofísicos de alta tecnologia e elevada qualidade ainda na fase de exploração. Pelo exposto, a expectativa é de que vejamos um acréscimo em investimentos de dados sísmicos tridimensionais no ambiente offshore.
Fonte: PETRONOTÍCIAS