Cenário para 2022 é de cautela, segundo a Alacero
Segundo a Associação Latinoamericana de Aço (Alacero), em 2021, a produção de aço bruto aumentou 15,7% em relação ao ano anterior, atingindo um total de 64,8 Mt, enquanto a produção de laminados aumentou 19,5% (55,7 Mt). O ano terminou com um consumo regional total de 74,8 Mt, um aumento de 26,6% em relação ao ano anterior (59,1 Mt) e 15,4% em relação a 2019 (64,8 Mt). Exportações que atingiram 9,0 Mt, 19,9% a mais que em 2020 (7,5 Mt). As importações acumuladas já somaram 28,8 Mt, 46,7% acima do mesmo período de 2020 (19,6 Mt).
No entanto, em fevereiro de 2022, a produção de aço bruto diminuiu 6,8% em relação ao mês anterior, atingindo 4,8 Mt. Com o acumulado entre ENE-FEB de 10,0 Mt, 2,2% inferior ao mesmo período de 2021. Enquanto a produção de laminados foi 3,3% menor em relação a janeiro, totalizando 4,2 Mt. A produção acumulada de laminados nos dois meses foi de 8,6 Mt, com 2,3% a mais que no ano anterior. Em janeiro de 2022, o consumo aparente foi de 5,6 Mt (-8,0% em relação a janeiro de 2021 e +4,6% em relação ao mês anterior).
Outro ponto importante para o setor siderúrgico em 2022 é o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia. A Ucrânia é o 14º maior produtor de aço bruto (21,4Mt em 2021) e o 8º maior exportador de aço do mundo (15Mt em 2021), segundo dados da OCDE. Outro estudo da mesma organização indica que a Rússia é o nono maior exportador de minério de ferro do mundo, com produção de 25,7Mt em 2020, e o terceiro maior exportador de carvão. Portanto, o conflito entre os países pode ter um impacto substancial nos preços das matérias-primas.
“Para 2022, espera-se uma leve queda de 2,1% no consumo aparente, principalmente devido a uma forte recomposição de estoque na cadeia. Mesmo assim, é um bom nível em relação aos anos pré-pandemia (2017-19 a média de 66,1 Mt/ano)”, afirma Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.
Fonte: Anna Carvalho anna.carvalho@pinepr.com Imprensa Alacero