Financiamento para projetos sustentáveis atinge R$ 186,2 milhões

Em um cenário de crise, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, o papel de agências de fomento como o Desenvolve SP, pelo acesso rápido do recurso aos projetos, se mostra vital para a criação de alternativas para os tradicionais produtos afetados. Exemplo disso é o da Vital Force, produtora de fertilizante foliar e inseticida biológico com sede em Barretos (SP) que vê na crise atual uma oportunidade para expansão de seus negócios e em uma parceria com o Desenvolve SP o caminho para concretizá-la. A empresa foi uma das beneficiadas pelas linhas de crédito do Desenvolve SP para projetos sustentáveis. Em 2021 a agência de fomento paulista ampliou em 81,7% os desembolsos para a linha ESG. No ano passado foram desembolsados R$ 186,2 milhões para projetos sustentáveis, contra R$ 102,5 milhões em 2020. Os recursos destinados a este fim representam 25,3% dos R$ 736,1 milhões aplicados pelo banco em 2021. No ano anterior, esse percentual foi de 9,4%.

A grande maioria dos recursos para projetos sustentáveis foi destinado para a indústria, totalizando R$ 120,4 milhões, equivalente a 64,7% do total. Os desembolsos foram utilizados para a geração de energia, construção de rodovias e ferrovias com a utilização de técnicas sustentáveis e fabricação de materiais para a construção. Para a liberação dos recursos, todos os projetos têm que comprovar a adoção de critérios sustentáveis.

A linha ESG financia projetos que minimizam o impacto da atividade produtiva no meio ambiente, como redução de consumo de energia, troca de combustíveis fósseis por renováveis, ou investimentos em reflorestamento e preservação dos recursos naturais. A meta da agência de fomento para este ano é ampliar ainda mais os recursos para projetos sustentáveis. O presidente do Desenvolve SP, Sergio Gusmão Suchodolski, pretende atingir mais de 50% da carteira dentro dos critérios ESG. Neste ano já foram captados US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o New Development Bank (NDB), o Banco dos Brics. Os aportes serão destinados a projetos sustentáveis dos setores público e privado em áreas como água, resíduos sólidos, reciclagem, energia renovável, eficiência energética e infraestrutura urbana.

Fonte: Bruno Rodrigues – bruno.rodrigues@approach.com.br – Assessoria de imprensa