Com crescimento de 10,1% em relação ao mês anterior, totalizando a produção de aço bruto de 2,9 Mt, o Instituto Aço Brasil- IABr, divulgou os números relativos a março de 2022, na data de hoje (25/04).
As vendas internas também cresceram 20,2% em comparação com fevereiro, chegando a 1,8 Mt e o consumo aparente cresceu 14,7% em março sobre fevereiro de 2022, chegando a 2,1 Mt. Como dissemos nas estatísticas dos distribuidores de aço, (em matéria sobre o desempenho dos distribuidores em nosso portal) o mês de março, pode ser considerado fora da curva, pois já havia um aumento anunciado pelas usinas para abril e evidentemente todos os consumidores que podiam reforçaram suas posições, antes do aumento.
Quando comparado ao elevado nível de desempenho do 1º trimestre de 2021, o mesmo período de 2022 apresentou queda. No 1º trimestre de 2022, a produção brasileira de aço bruto foi de 8,5 Mt, 2,4% a menos do que no mesmo período de 2021. As vendas internas foram de 4,8 Mt, queda de 19,7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Já o consumo aparente de janeiro a março de 2022 foi de 5,6 Mt (-17,7%).
Aqui cabe lembrar que o primeiro trimestre do ano passado foi um momento em que tanto as empresas distribuidoras como os consumidores finais, passavam pela plena recuperação de seus estoques que haviam se dilapidado com a epidemia da Covid 19.
Na reunião de hoje foi ainda comentado que: “Face ao cenário de incertezas ocasionadas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o Aço Brasil optou por manter, neste momento, as previsões para o ano de 2022, feitas em dezembro de 2021. Nessa ocasião, foi estimado crescimento de 2,2% na produção brasileira de aço bruto, chegando a 37 Mt. Aumento do consumo aparente de 1,5% (26,9 Mt) e das vendas domésticas de aço de 2,5% (23 Mt). No que se refere ao comércio exterior, previu-se aumento de 1,5% das exportações (11,1 Mt) e queda de 12% das importações (4,3 Mt)”.
Ainda sobre a guerra na Ucrânia foi mostrado que ela vem causando uma escalada sem precedentes nos preços das matérias-primas e insumos energéticos, pressionando os custos de produção nas empresas. Questionado se o aumento de preço de produtos siderúrgicos decorrente da elevação dos custos de produção impactaria os consumidores finais, o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, esclareceu que a contribuição do aço no Índice de Preço ao Atacado (IPA) da Fundação Getúlio Vargas é muito baixa. No acumulado em 12 meses, considerando o IPA total de 17,6%, a participação do vergalhão foi de apenas 0,013 ponto percentual e da bobina a quente de 0,103 p.p., produtos que representam os laminados longos e planos. Desta forma declarou: “O aço não pode ser responsabilizado pela inflação”, afirmou.
Fonte: Instituto Aço Brasil