Atualizada no presente, e 100% preparada para o futuro.
Modelo de competência na correta e, às vezes, complicada tarefa de equacionar lucros e sustentabilidade, a Aço Verde Brasil caminha firme e forte rumo a um futuro cada vez mais promissor.
Marcus Frediani
A Aço Verde do Brasil (AVB), empresa maranhense do Grupo Ferroeste, nasceu como um player competitivo de aço com a filosofia de sustentabilidade como carro-chefe de suas estratégias, sempre pautadas pela inovação e pela melhoria constante de produtos e processos, para assegurar operações livres de combustíveis fósseis (zero carbon footprint), graças à sua matriz energética 100% originada pelo uso do carvão vegetal, a partir de florestas plantadas e renováveis. E isso, entre outras distinções, lhe garantiu a expressiva conquista do título de primeira empresa do planeta a produzir aços sem a utilização das fontes energéticas convencionais, entre os quais aços longos, vergalhões, fio máquina, tarugo e ferro-gusa, perfazendo, em 2021, um total de 600 mil toneladas anuais.
“A sustentabilidade, realmente, está no DNA da Aço Verde do Brasil. É um compromisso que levamos muito a sério em todas as nossas operações. E temos orgulho de estar fazendo a nossa parte para a conquista da meta global do carbono neutro em 2050, um desafio que, sabemos, é muito grande para a indústria siderúrgica, atualmente responsável por 7% das emissões mundiais de carbono para a atmosfera. E nossa contribuição tem sido muito grande: temos uma emissão de carbono mais do que 50 vezes menor do que qualquer indústria siderúrgica do mundo”, destaca Sandro Marques Raposo, diretor industrial da AVB. Só para se ter uma ideia, segundo o último Relatório de Sustentabilidade apresentado pela AVB, o valor de toneladas de CO2 retiradas da atmosfera com o uso do carvão vegetal como matriz energética pela companhia equivale ao de uma frota de 100 mil carros por ano.
Para conseguir esse resultado, além de constantes aperfeiçoamentos das instalações e equipamentos de seu parque industrial, a empresa implementou um robusto sistema de gestão ambiental, que teve como passo emblemático a conquista da certificação ISO 14001, normatização mundial que exige que qualquer atividade produtiva da companhia cumpra seus rígidos protocolos, e que ela apresente regularmente provas da aplicação de controles ecossistêmicos, bem como de condutas de transparência e ética em suas operações. E, agora, a AVB está em processo de auditoria para a conquista de mais uma importante certificação de sustentabilidade no âmbito de suas operações: a da ResponsibleSteel, organização mundial referência para a produção de aço de maneira responsável.
INVESTIMENTOS NO SOCIAL
Mantendo sua proposta de proatividade, a AVB também foi uma das primeiras empresas a antecipar a implantação das recomendações da nova e mais recente versão da Carta de Sustentabilidade da Worldsteel, que já foi destaque em nosso portal, divulgada em versão revisada e ampliada no último dia 3 de março, com foco na agenda da ESG. O documento está organizado em nove princípios com 20 critérios associados, que abrangem aspectos ambientais, sociais, de governança e econômicos da sustentabilidade.
“Nossa filosofia de trabalho sempre incluiu as dinâmicas propostas que, agora, se encontram explicitadas na nova carta da Worldsteel, por meio da implantação, em amplo espectro, os conceitos da ESG, que além da responsabilidade ambiental, integram critérios superlativos de sustentabilidade social e de governança. Por exemplo, além de questões ligadas a uma política de segurança eficiente, entre outras coisas, a gente sempre se preocupou com o rastreamento e o cumprimento de tais compromissos ao longo de toda a cadeia de valor do aço que produzimos, estendendo-os tanto aos nossos fornecedores quanto aos clientes finais dos itens que entregamos ao mercado. Ou seja, não é importante só a AVB ser sustentável: todos os envolvidos na cadeia têm que ser”, explica Sandro.
“Nesse sentido, temos um trabalho muito forte de investimentos direcionados à questão da ESG, no amplo espectro da sustentabilidade. Por conta disso, sempre atualizamos e fazemos planejamentos antecipados contemplando a destinação desses recursos. Exemplo claro é que, agora em 2022, a gente já está mirando a conquista de objetivos nessa área para 2032, planilhando tudo que vamos investir em plantio de florestas, em preservação de reservas ambientais, quanto vamos investir na área social, contemplando desde o treinamento da nossa equipe de funcionários quanto ações endereçadas ao desenvolvimento das comunidades em torno da nossa usina”, destaca, por sua vez, Silvia Nascimento, presidente do Conselho da Aço Verde do Brasil.
E atestando o ganho de musculatura dessa sua política voltada à integração, na segunda quinzena do mês de abril, a companhia anunciou a criação de um Comitê de Governança e Sustentabilidade, cujo objetivo é apoiar o Conselho de Administração da AVB no cumprimento de atribuições estratégicas relacionadas a ações de ESG. A proposta é que, em reuniões mensais, diretores e colaboradores internos e externos, juntamente com os conselheiros da empresa apresentem projetos e debatam práticas de governança ambiental, social e corporativa, indicar processos inovadores para os negócios e operações, sempre com foco na sustentabilidade, e ainda impulsionar e priorizar procedimentos de certificação importantes para a companhia.
“Isso, sem falar do projeto de criação do Instituto AVB, já em fase de edificação, que, por meio da utilização de benefícios fiscais calculados sobre um percentual de nosso faturamento líquido anual, nos permitirá direcionar verbas para ações de educação, amparo à criança e Lei Rouanet, entre outras inciativas de sustentabilidade social, naturalmente somadas às de sustentabilidade florestal já mapeadas, reservadas e rubricadas, com direcionamento claro em nossos balanços”, complementa Silvia.
APERFEIÇOAMENTOS TECNOLÓGICOS
Como já foi dito, com a sustentabilidade presente nas estratégias desde a sua concepção, a Aço Verde do Brasil está continuamente em busca da inovação e da melhoria de seus produtos e processos. Nesse sentido, os investimentos da empresa em tecnologias visando ao desenvolvimento sustentável não param. Prova disso são dois grandes projetos que já se encontram em fase final de implementação.
O primeiro deles, dentro do programa “Zero Resíduo até 2025”, é o briquete verde, que vai permitir o aproveitamento total dos resíduos do carvão vegetal utilizado na produção do aço, reciclados internamente, na fase atual em uma planta-piloto de testes, cuja eficiência, caso comprovada, já passará a funcionar em plena carga ainda este ano. E o segundo, é o desenvolvimento de uma patente própria da AVB destinada à construção de um forno de carbonização industrial, cujo objetivo é melhorar a queima (pirólise) da madeira utilizada para a produção do carvão vegetal, com o aproveitamento energético dos gases gerados no processo, embora estes não causem impacto ambiental.
“Para se ter uma ideia, no processo atual de carbonização da madeira, apenas 20% do volume queimado se transforma em carvão, um índice muito baixo de aproveitamento. E, se conseguirmos aumentá-lo, nem que seja de 20% para 30%, o ganho de eficiência, não só do ponto de vista econômico, como também – e o que é super importante – do ponto de vista ambiental, uma vez que essa simples diferença de 10% representa muita madeira e, claro, contribuirá para a preservação, embora temporária, de muitas das nossa mais de 7,3 milhões de árvores de eucalipto plantadas em nossa área de 65 mil hectares no Maranhão – sem contar com nossa área de preservação natural, que tem tamanho ainda maior –, promovendo um uso muito mais racional desses recursos. E é importante frisar que a floresta plantada de eucalipto é muito mais eficiente em termos de sequestro de CO2 da atmosfera do que uma floresta nativa”, explica Wallas Silva, superintendente florestal da AVB.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Na trilha, rumo ao aprimoramento da aplicação dos conceitos da ESG na companhia, a governança corporativa também tem lugar de destaque na pauta da Aço Verde do Brasil. Afinal, dada à sua importância como elo de ligação entre os outros dois pilares da sigla, ela é fator indispensável para a garantia da continuidade sustentável, em latu sensu, da jornada da empresa no futuro. Por conta disso, a criação de um ecossistema corporativo cada vez mais robusto para o desenvolvimento de negócios pioneiros, integrados e responsáveis é tratado como prioridade absoluta na AVB.
Assim, ela tem investido na implementação de um conjunto de mecanismos e processos transparentes, transformadores e seguros, capazes de garantir o equilíbrio entre os interesses da AVB e de todos os envolvidos nos ambientes em que ela opera, e que, certamente, irão ajudá-la no seu processo de crescimento ao longo dos próximos anos.
Entre esses instrumentos de controle, além da contabilidade precisa e transparente, realizada por renomadas auditorias, e do sistema de Business Intelligence, capaz de acompanhar e proporcionar uma visão completa e confiável de resultados, outros destaques foram a estruturação do Conselho de Administração Consultivo, formado por membros independentes e diversificados, incluindo a contratação de consultores externos e a participação de membros não acionistas, e, ainda, a obtenção concessão de registro junto à Comissão de Valores Imobiliários (CVM), na “Categoria B”, que autorizou a empresa a emitir títulos de dívidas mais amplos, com exceção de ações, que a irá aproximar cada vez mais do mercado de investidores.
Mas, é claro, como a jornada da companhia no âmbito da governança corporativa ainda não está concluída, mantém-se viva a possibilidade de a AVB fazer uma oferta pública inicial (IPO), combinada a uma admissível internacionalização da empresa. E a empresa se diz plenamente preparada para isso quando e se esse momento chegar, seja no mercado brasileiro, seja no plano global.