Reforçando o conceito de que o aço “Não pode ser responsabilizado pela Inflação” Marcos Faraco e Marco Polo de Mello Lopes, respectivamente presidente do Conselho e presidente executivo do Instituto Aço Brasil, abriram a coletiva de hoje (25/04) para apresentar o desempenho do primeiro trimestre do ano.

No mês de março houve crescimento de 10,1%, na produção, em relação ao mês anterior, totalizando a produção de aço bruto de 2,9 Mt.

As vendas internas também cresceram 20,2% em comparação com fevereiro, chegando a 1,8 Mt e o consumo aparente cresceu 14,7% em março sobre fevereiro de 2022, chegando a 2,1 Mt. Devemos considerar que como já haviam sido anunciados os aumentos para abril evidentemente todos os consumidores e distribuidores que tiveram condições reforçaram suas posições, antes do aumento.

Falando sobre o desempenho do 1º trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2022 houve queda. No 1º trimestre de 2022, a produção brasileira de aço bruto foi de 8,5 Mt, 2,4% a menos do que no mesmo período de 2021. As vendas internas foram de 4,8 Mt, queda de 19,7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Já o consumo aparente de janeiro a março de 2022 foi de 5,6 Mt (-17,7%).

Aqui cabe lembrar que o primeiro trimestre do ano passado foi marcado pela plena recuperação dos estoques que haviam se dilapidado com a epidemia da Covid 19.

Falando sobre a guerra na Ucrânia foi mostrado que ela vem causando uma escalada sem precedentes nos preços das matérias-primas e insumos energéticos, pressionando os custos de produção nas empresas. Questionado se o aumento de preço de produtos siderúrgicos decorrente da elevação dos custos de produção impactaria os consumidores finais, o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, esclareceu que a contribuição do aço no Índice de Preço ao Atacado (IPA) da Fundação Getúlio Vargas é muito baixa. No acumulado em 12 meses, considerando o IPA total de 17,6%, a participação do vergalhão foi de apenas 0,013 ponto percentual e da bobina a quente de 0,103 p.p., produtos que representam os laminados longos e planos.

Já Faraco destacou que os investimentos previstos para o setor de R$11,9 bilhões para o ano de 2022 e de R$ 40,6 bilhões previstos para o período de 2023 a 2026 estão totalmente mantidos o que demonstram a confiança que o setor deposita no crescimento da economia para os próximos anos.

Falando em confiança na ocasião também foi apresentado a última apuração do ICIA – Índice de Confiança da Indústria do Aço que atingiu agora em abril 59,5 pontos, ou seja 8,4 pontos superior à apuração do mês anterior que havia sido de 51,1 pontos. Este índice colhido junto aos CEOs e presidentes das Usinas Siderúrgicas demonstra o nível de confiança no crescimento e desenvolvimento da atividade. Abaixo da linha de 50 pontos demonstra a falta de confiança.

Finalizando Marcos Faraco fez questão de citar que na visão do Instituto, entre vários pontos, não há falta de oferta, mas ainda falta demanda para o setor atingir sua plena capacidade; que o Brasil não pode ser destinatário do desvio do comércio mundial em função da Guerra e de que precisam melhorar as condições de competitividade para a indústria nacional como por exemplo: a redução do chamado Custo Brasil, a Reforma tributária e a revisão do Reintegra.

Fonte: Instituto Aço Brasil