O mundo ainda se recupera dos efeitos da pandemia de covid-19, mas, no geral, as expectativas são positivas na OTC Houston 2022, destacando a presença brasileira, com a declaração do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, que o segmento de exploração e produção deve receber cerca de US$ 9 bilhões de investimentos por ano até 2026. Além do expressivo volume de recursos para os próximos anos, outro destaque envolveu o primeiro ciclo da Oferta Permanente com áreas do pré-sal. O edital do leilão já está aprovado e, ainda de acordo com Saboia, a ideia da agência é publicar o documento já no início do segundo semestre. Um dos objetivos do governo é conseguir tirar essa licitação do papel até o final deste ano. A gerente de petróleo, gás e naval da Federação das Indústrias do Rio (FIRJAN), Karine Fragoso também declarou que a previsão de investimentos e os novos leilões de áreas de óleo e gás a caminho são fatores que ajudam a explicar o otimismo presente na feira.

Foto: Petronoticias

Uma característica da feira deste ano é a abordagem bastante relevante sobre o tema da transição energética. Muitas palestras estão tratando sobre a necessidade de repensar o setor energético. Mas, ainda assim, há consciência de que o petróleo é fundamental para a segurança energética. Ainda durante o primeiro dia de feira, a Apex-Brasil lançou, em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a FIRJAN, o documento “Investment Portfolio of Opportunities in Brazil in the Oil & Gas Sector”. O trabalho fornece uma via rápida para as inúmeras oportunidades de investimento oferecidas no Brasil que são relevantes para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás e sua cadeia de suprimentos.

Ainda que a OTC seja um evento voltado à indústria offshore, alguns anúncios feitos na feira também trazem repercussões para o segmento onshore. A tão aguardada definição de campos e acumulações marginais deve, finalmente, sair do papel. Segundo Rodolfo Saboia, a medida deve ser aprovada pela ANP ainda neste mês de maio. A definição de áreas como acumulações marginais é etapa precedente necessária para que a agência possa criar medidas fomentadoras para essa classe de ativos de exploração e produção.

Fonte: redacao@envio.petronoticias.com.br