Chegamos à transição do 1º para o 2º Semestre de 2022 com algumas boas surpresas que merecem muito serem comentadas. Estamos voltando de duas feiras empresariais gigantescas e muito bem- sucedidas realizadas no modelo presencial – a FEIMEC 2022, com foco no setor de máquinas e equipamentos industriais, promovida em São Paulo; e a AgroBrasília, feira de negócios e tecnologia voltada ao mercado do agribusiness, que aconteceu no Distrito Federal –, eventos estes que, como vocês sabem, já vimos acompanhando há alguns anos em nossas publicações. E, em ambas as feiras, com muita satisfação, pudemos sentir a mudança (para melhor!) no comportamento das pessoas que ocupam posição de destaque em suas empresas, como CEOs, diretores, e profissionais que atuam na alta gerência das duas cadeias produtivas mais importantes do Brasil. E nelas também, a principal diferença que, sem dúvida alguma, pudemos constatar foi o aumento da sensação de confiança.
Com efeito, em tempos recentes, quando perguntávamos a esses executivos sobre sua percepção sobre o planejamento futuro, a resposta era sempre marcada por dúvidas e insegurança e muita chacota pelo futuro de nosso país. Porém, agora, com muita alegria, percebemos que isso mudou: vimos empresários animados e certos de que estão trilhando o bom caminho da retomada, com a perspectiva de que suas companhias fecharão o ano de 2022 com índices de crescimento e conquista de resultados excepcionais. E nem um ou outro resultado mensal negativo será suficiente para abalar a certeza de que vivemos novos tempos.
Sim, aquele “mimimi” e a choradeira sem razão parecem, definitivamente, ter ficado no baú do esquecimento. E, hoje, todos eles estão concentrados em dotar suas empresas com um amplo ferramental mirado na conquista de melhorias da produtividade para atuar em um saudável cenário de alta competitividade. Para tanto, as duas feiras foram campeãs em lançamentos de produtos, serviços, sistemas técnicos, de informação e de gestão capazes de materializar suas projeções dentro de uma proposta de direcionamento de investimentos.
Outra sensação muito clara que pudemos notar foi também o aumento da preocupação com a sustentabilidade e com o meio ambiente, por meio da correta destinação de resíduos e sucatas que deixamos para trás no processo de produção. Em síntese, com os cuidados com a preservação dos recursos naturais do nosso planeta, plasmado cada vez mais na observância dos conceitos de ESG, aquelas três letrinhas mágicas que exprimem o corolário da governança ambiental, social e corporativa, e que, a partir de agora, definitivamente, passará a fazer parte da realidade diária das empresas em âmbito mundial. Sinal claro disso, aliás, é o fato de que muitas grandes empresas já suspenderam compras de fornecedores não alinhados a tais protocolos, criando outros ainda mais rígidos para o cumprimento desses objetivos.
Sem entrar na esfera das crenças individuais, sentimos algo como uma espécie de “elevação espiritual coletiva” pairando em todos os estandes das feiras que visitamos. E uma frase que ouvi de uma famosa empresária na mostra de Brasília deixa bem claro o que vai acontecer com aqueles que não aderirem a essa dinâmica: “Deixe quem quiser chorar, porque estou aqui para fabricar e vender lenços!” E faço questão de deixar aqui uma nota minha que atesta que a empresária tem total razão: só no ano passado, a empresa dela cresceu mais de 200%, e tem projeções fantásticas para o futuro imediato.
Captando tudo e dando provas verdadeiras e fiéis de que esse sentimento precisa se espalhar cada vez mais e entre os players do nosso mercado, dando forma proativamente a ações efetivas e reais, nesta edição da revista Siderurgia Brasil trazemos uma reportagem exclusiva com um grande balanço da FEIMEC 2022, uma nota sobre os resultados da AgroBrasília, e artigos atuais e na linha do tempo falando sobre como os meios tecnológicos oferecem informações fundamentais para uma boa gestão, destacando a enorme importância do papel que os grandes líderes da administração moderna terão que desempenhar e assumir para se adequar à realidade do futuro, que não é simplesmente o de amanhã, mas, sim, o do presente, como já evidencia o título deste meu editorial.
Complementarmente, e com o mesmo objetivo, trazemos ainda em nossas páginas um balanço dos excelentes resultados obtidos pela implantação do e-commerce em uma das maiores produtoras de aço do Brasil, ao longo de seu primeiro ano de atividade. E, nesta edição também, damos espaço às “broncas” manifestadas no comunicado oficial do Instituto do Aço sobre a redução de imposto de importação de determinados tipos de aços, que já está valendo. E, entre outros conteúdos de atualização, trazemos ainda um quadro de estatísticas, que demonstra que o mês de abril foi marcado por acomodações em diversos setores, com números não foram tão generosos para as atividades que acompanhamos no mês a mês, em contraste com as boas perspectivas para o 2º semestre, o que cristaliza ainda mais a necessidade de agirmos já, para conseguirmos materializá-las. É como já diziam os nossos avós: não podemos deixar para amanhã o que podemos – e precisamos – fazer hoje.
E, como de hábito, conclui esta minha mensagem agradecendo aos nossos leitores pela intensa e cada vez maior receptividade dada à nossa revista, convidando-os novamente a interagir conosco, por meio de nossos múltiplos canais de comunicação, sempre abertos a todos os seus comentários, críticas e sugestões. Faça uso deles quando e como quiser, porque, nem é preciso dizer, mas é sempre bom reafirmar, vocês são a principal razão da nossa existência.
Então, muito obrigado e boa leitura!
Henrique Patria
henrique@grips.com.br