O aumento dos preços do aço no mercado interno que era para ser dividido em duas vezes – abril e maio – está causando mais estragos do que o esperado no segmento das distribuidoras de aço. “As empresas estão com muita dificuldade em repassar a primeira parte do aumento e isso deve fazer com que haja negociações da segunda parte” disse Carlos Loureiro, presidente do Inda, ao apresentar na data de hoje (23/05) os números do setor.

No mês de abril as compras recuaram de forma abrupta em 27,7% com um total de 250,1 mil toneladas contra 345,9 mil registradas no mês passado, e se considerarmos a comparação com abril do ano passado, houve também uma queda acentuada de 27,5% pois naquele mês as compras haviam sido de 345,1 mil toneladas.

A questão das compras está intimamente ligada às vendas que registraram queda de 20,9% com 302,7 mil toneladas vendidas contra 382,9 mil toneladas de março, e se compararmos com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 11,8%, pois haviam sido vendidas 343,1 mil toneladas naquele mês.

Com esta retração nas compras e baixo número das vendas o estoque no final do mês fechou com 721,8 mil toneladas que é 6,8% menor do que o mês passado, quando havia fechado com 774,3 e representa um giro de estoque de 2,4 meses de vendas.

Assim como os demais indicadores as importações mostraram queda de 12,4% com volume total de 109,8 mil toneladas contra 125,3 mil. Comparando-se as importações com o mesmo mês do ano anterior (125,4 mil ton.), foi registrada queda de 12,5%.

Loureiro não está muito confiante no futuro, pois suas previsões são de que seja registrado em maio de 2022, alta nas compras em torno de 14% e queda nas vendas em torno de 5%.

Fonte: Inda.