A Anfavea, entidade que reúne as montadoras de veículos no Brasil, apresentou hoje (8/7) suas estatísticas relativas ao primeiro semestre do ano de 2022.  Segundo a entidade os resultados negativos do primeiro trimestre, influenciaram diretamente no resultado, pois mesmo com o segundo trimestre em recuperação, os números mostraram que houve uma queda nos primeiros seis meses do ano.

Considerando os primeiros seis meses do ano,  os números mostraram uma queda na produção de autoveículos de 5%. Foram 1.149 em 2021, contra 1.092 em 2022. Os caminhões tiveram um comportamento parecido com queda de 3.9%, com 74.7 mil em 2021 contra 71.8 mil em 2022 e o produto que inverteu totalmente a curva foram os ônibus com crescimento de 28,1% para 10.3 mil em 2021 contra 13,3 mil em 2022.

Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano. No segundo trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro. “A crise global dos semicondutores vem se prolongando mais do que esperávamos em janeiro, em função de novos fatores como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global”, explicou o Presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite.

O melhor desempenho do setor está nas exportações. Houve uma grande recuperação das exportações, a despeito da crise na Argentina. Graças ao aumento dos envios a países como Colômbia, Chile, Peru, México e Uruguai, as associadas da Anfavea registraram 246 mil unidades exportadas, sendo 47,3 mil em junho, melhor resultado mensal desde agosto de 2018. O crescimento sobre o primeiro semestre de 2021 chegou a 23%. Em valores exportados, a alta já é de 33,7%, em função dos embarques de autoveículos de maior valor agregado.

Outra boa marca registrada foi a dos empregos. Só em junho foram criadas 705 vagas, somando 1.488 desde o início do ano. Se consideramos as vagas de máquinas autopropulsadas, foram 2.700 novas vagas, que representam cerca de 27 mil empregos diretos e indiretos para a cadeia automotiva. “Em meio a tantas paralisações por falta de componentes, essas contratações revelam a resiliência das empresas do setor e uma aposta na recuperação do mercado”, afirmou o Presidente da Anfavea.

As novas projeções para o fechamento de 2022
O presidente mostrou-se muito otimista, pois ele entende que esta curva de crescimento iniciada no segundo trimestre tende a se acentuar, pois historicamente o segundo semestre do ano sempre foi melhor em resultados do que o primeiro.
Mas levando-se em conta as restrições de produção e a elevação da inflação e dos juros no Brasil, assim como as restrições ao acesso de crédito (que impactam principalmente as vendas dos veículos de entrada), a ANFAVEA divulgou novas projeções para o fechamento de 2022, com crescimento em todos os indicadores sobre 2021, mas com menos otimismo que no início do ano.
Para a produção, a nova expectativa é de fechar o ano com 2.340 mil unidades, alta de 4,1% sobre 2021. Para vendas internas, espera-se chegar a 2.140 mil autoveículos licenciados, crescimento de 1%. Já a expectativa para exportação é de 460 ml unidades embarcadas até o fim do ano, alta de 22,2% na comparação com 2021.


Fonte: Assessoria de Comunicação Anfavea imprensa@anfavea.com.br