Setembro é o mês de primavera. Mesmo para quem não goste, a beleza das flores sempre reserva alegrias e renovações e as expectativas neste momento são favoráveis. É inegável que o “Astral coletivo” está melhorando.
Duas ótimas notícias para começar bem o mês da primavera.
A primeira extraímos do Boletim de hoje (1/9/22) do DEPEC – Departamento de Estudos Econômicos do Bradesco.
Segundo a nota, a recuperação do Mercado de trabalho no Brasil é a mola que está impulsionando a retomada do giro da economia.
Diz o Boletim: “Recuperação do mercado de trabalho seguiu em curso no início do terceiro trimestre” A taxa de desemprego alcançou 9,1% no trimestre encerrado em julho, ligeiramente acima do esperado pelo mercado (9,0%). Descontados os efeitos sazonais, a taxa de desemprego recuou de 9,1% para 8,8%, na métrica mensalisada, segundo nossas estimativas. A população ocupada atingiu 98,7 milhões de pessoas, o maior nível desde o início da PNAD Contínua, que começou a ser medido em 2012. Por fim, a massa de renda real efetiva alcançou R$ 282,5 bilhões no período, superando o nível visto antes da pandemia.
Sobre o mesmo assunto o Boletim Indicadores Mensais do Mercado de Trabalho, divulgado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada publicou: ”Em junho de 2022, a população ocupada no país somava 98,7 milhões de pessoas, avançando 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após o ajuste sazonal, o contingente de 101,2 milhões de ocupados, em junho de 2022, foi 1,4% maior que o observado em maio, alcançando o novo recorde da série, iniciada em janeiro de 2012. Adicionalmente, o crescimento significativo da população ocupada vem desencadeando quedas significativas da taxa de desocupação, que recuou 4,5 p.p., na comparação interanual, passando de 13,7%, em junho de 2021, para 9,2%, em junho de 2022. Já em termos dessazonalizados, a taxa de desocupação recuou pela 13ª vez consecutiva, chegando a 8,9%, em junho de 2022, e atingindo o menor patamar desde julho de 2015”.
Crescimento do PIB A segunda boa notícia vem da confirmação através do IBGE de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, o PIB cresceu 2,6%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 2,5%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões, sendo R$ 2,1 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 332,2 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No segundo trimestre de 2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando estável frente à observada no mesmo período de 2021 (18,6%).
Ainda segundo a informação; O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na Construção, de 2,2% nas Indústrias Extrativas e 1,7% nas Indústrias de Transformação.
Nos Serviços, apresentaram resultados positivos: Outras atividades de serviços (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (3,0%), Informação e comunicação (2,9%), Comércio (1,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%) e Atividades imobiliárias (0,3%). Houve queda em Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (4,8%) e a Despesa de Consumo das Famílias (2,6%) cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a Despesa de Consumo do Governo caiu (-0,9%) nessa mesma base de comparação.
Acabamos de participar do Congresso Aço Brasil 2022, com a presença de inúmeras autoridades e empresários que capitaneiam empresas de todos os tamanhos e a sensação que tivemos é de alívio e de esperança. Segundo falado no evento, havia há alguns meses, a expectativa de que iriamos atingir a taxa de desemprego de 9,5% no final do ano mas já estamos com 8,9%, faltando ainda quatro meses para o final do ano.
Até pouco tempo se falava de um PIB de 1,5% até no máximo 2% para este ano. O próprio boletim do DEPEC que mencionamos acima disse que sua expectativa era de 1% para o segundo trimestre e na mediana do mercado que é divulgado pelo Boletim Focus era esperado um PIB para aquele trimestre de 0,9%.
O Congresso foi um palco de otimismo pois falou-se muito de que as empresas juntamente com o governo e todas as forças organizadas da nação têm uma excelente oportunidade de darmos uma arrancada em nossa economia, pois os cenários para o Brasil são muito favoráveis em vários aspectos. Precisamos nos unir e trabalhar para isso.