Segundo dados divulgados pela Abimaq, entidade que representa os fabricantes de máquinas e equipamentos no Brasil, no mês de setembro de 2022 o setor registrou crescimento nas receitas líquidas de venda. No período houve incremento tanto na comparação com o mesmo mês do ano anterior (0,1%) como na comparação mensal com ajuste sazonal (2,6%). Considerando o acumulado do ano – Jan/Set22 – o setor reduziu a queda acumulada para -4,4%. NO mês de agosto esta queda era -5,1%. Este resultado ocorreu em função da melhora nas vendas no mercado doméstico, uma vez que as exportações quando medidas em reais recuaram no mês de setembro.
Em volume as exportações de máquinas e equipamentos quando comparado com o mesmo mês de 2021 registrou crescimento de 6,6%, porém este resultado foi anulado pela paridade cambial e inflação. Em razão disto, seus impactos sobre a receita total de vendas no período foi negativo em – 8,4%. As vendas no mercado interno, por outro lado, interromperam três meses consecutivos de queda ao registrarem crescimento de 2,3% em relação ao mês de setembro de 2021. Com este resultado, no ano – JanSet22- o mercado doméstico de máquinas e equipamentos acumulou queda de 5,8%, uma melhora em relação à última divulgação que havia sido no mês passado de – 6,9%.
Ainda falando de exportação ao longo dos meses deste ano ocorreu aumento das exportações para a maioria dos países. O destaque maior vai para o aumento para países da América do Sul cujo crescimento foi de 44,3% ante o mesmo período do ano anterior, puxado pelo mercado argentino que expandiu a compra de máquinas nacionais em mais de 70%. Agora em 2022 a média histórica de participação em nossas exportações para países da América do Sul voltou ao patamar de 37%, que é o nível observado em período anterior a 2018. Para a América do Norte também houve crescimento das vendas (+20,6%) assim como para os países europeus (+24,1%).
O consumo aparente de máquinas e equipamentos, que é representado pela somatória máquinas nacionais mais as importadas e direcionadas ao mercado interno, registrou crescimento na comparação com o mês anterior de 4,4% com ajuste sazonal. Na comparação com o ano anterior, o consumo também cresceu (+0,7%) interrompendo uma série de 8 quedas consecutivas neste tipo de comparação.
Finalizando, o setor fabricante de máquinas e equipamentos, atuou, nos último 12 meses, com 79% em média da sua capacidade instalada. A carteira de novos pedidos, medida em número de semanas para atendimento, registrou queda de 2,9% e atingiu 11,1 semanas. No ano, a carteira de pedidos ficou 3,7% abaixo da observada na média do ano anterior.
Fonte: Abimaq