Em reunião com a imprensa que contou com a presença do novo presidente do Conselho do Instituto Aço Brasil, Jefferson De Paula, que é o presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Longos LATAM & Mineração Brasil e do presidente executivo Marco Polo de Melo Lopes a entidade apresentou os números relativos ao acumulado do ano até outubro e as suas projeções iniciais para o ano de 2023.

No entendimento de Jefferson foi um ano excelente para o setor pois o consumo aparente de aço no Brasil atingirá 23,3 milhões de toneladas em 2022, e as vendas internas chegarão a 20,2 milhões de toneladas. Já a produção deverá fechar o ano em 34,6 milhões de toneladas.

Estes resultados colocam o ano de 2022 como o quarto melhor da década para o setor.

Mesmo assim o resultado do ano deve ficar abaixo do ano passado que foi considerado pelo Aço Brasil, como um ano atípico.

Tanto que na comparação com 2019, ano pré-pandemia, o consumo aparente em 2022 cresceu 12,5% e as vendas internas, 9,5%.

“Os resultados atingidos em 2022 são bastante positivos e mostram a força da indústria do aço e sua capacidade de reagir e percorrer sua trajetória de crescimento. Se desconsiderarmos 2021 e seus efeitos pós pandemia, observam-se em 2022 os melhores resultados em vendas internas em seis anos, superiores à média da década, de 19,8 milhões de toneladas”, diz Jefferson de Paula, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil.

As exportações deverão alcançar 12,3 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 12,3% frente a 2021. As importações, por outro lado, deverão recuar 34,1%, para 3,3 milhões de toneladas.

Jefferson De Paula disse “O Brasil é um país em que tudo ainda tem de ser feito” referindo-se a todos os setores que consomem aço, como a construção civil, onde há um déficit habitacional estimado em 7 milhões de moradias, sendo que perto de 60% são habitações populares, ao Marco do Saneamento, onde mais de 100 milhões de pessoas vivem sem rede de esgoto e água tratada, aos meios de transportem incluindo estradas, aeroportos, portos, à imensa capacidade que a indústria automobilística tem de produzir perto de 5 milhões de veículos por ano.

E mesmo considerando uma mudança de governo, com horizontes ainda não muito definidos, eles acreditam na continuidade do crescimento econômico e as projeções para 2023, são de que a indústria do aço deve crescer 1,9% nas vendas internas e 1,5% no consumo aparente. A produção de aço bruto deverá crescer 2%.

Para as exportações, é previsto avanço de 2,1% e, para as importações, de 2,3%.