Segundo a Abimaq, entidade que representa a indústria de máquinas no Brasil, o mês de outubro não foi bom para o setor, pois apresentou um recuo na apuração de suas receitas líquidas, com decréscimo nas quatro comparações habitualmente expostas, sendo a mensal com ajuste sazonal queda de 8,2%, na interanual queda de 9,4% e nos últimos doze meses de 3,7%. No ano (JanOut22), contrariando as expectativas, o setor aumentou a queda acumulada, de 4,6% em set/22, para 5,1% em out/22.

Segundo os dirigentes da entidade este resultado é consequência direta da retração que está acontecendo na indústria e só não é mais acentuado em função do bom desempenho das exportações. As vendas no mercado interno registraram queda de 14,2% ou 10,5% com ajuste sazonal enquanto as exportações comparadas com o mês passado registram crescimento de 6,2%.

As exportações em outubro de 2022 cresceram para US$ 1,1 bilhão, novo resultado positivo depois da queda registrada em setembro/22. Este é o sexto mês consecutivo em que as vendas externas apresentam resultado superior a US$ 1 bilhão. Isso mostra um ritmo forte no desempenho, o que não acontecia desde meados de 2012.

No desempenho do ano as exportações já atingiram a US$ 10 bilhões, um crescimento de 25,1% sobre o mesmo período de 2021, e que representa o equivalente a cerca de 20% da receita total do setor. Em quantum (unidades físicas) o crescimento das exportações do período foi de 12,6%.

A exportação para países da América do Sul continua sendo o grande destaque. No período o crescimento foi de 42,1% ante o mesmo período do ano anterior, puxado pelo mercado argentino que expandiu a compra de máquinas nacionais em mais de 70%. Em 2022 a participação média histórica de países da América do Sul no total das exportações voltou ao

patamar de 37%. Na América do Norte também houve crescimento das vendas (+20,4%) assim como em países europeus (24,9%).

Outro dado que preocupa os dirigentes é o consumo aparente representado  pelo o resultado das maquinas aqui produzidas mais as importadas que registrou queda de 9,7% com o ajuste sazonal. Comparando o mesmo mês do ano passado a queda foi de 10,7% e se comparado com acumulado do ano passado (janeiro/outubro) a queda foi de 6,9%

Finalizando, o nível de pessoas empregadas manteve-se estável com 399 mil pessoas empregadas e a ocupação da capacidade instalada foi de 79% com uma ligeira queda de 3,9% abaixo do nível registrado em outubro de 2021.

A carteira de pedidos ficou em 11,5 semanas de ocupação contra 11,8 registrada em 2021.