Na primeira reunião do ano promovida pela Anfavea, além de apresentar seu novo logotipo que recebeu uma repaginação toda especial o presidente Marcio da Lima Leite, divulgou os números relativos ao setor no ano de 2022.
O indicador mais positivo foi o aumento das exportações que atingiram 27,8% a mais do que no ano passado. Em valores este crescimento foi da ordem de 37,6% principalmente por conta de envio de produtos de maior valor agregado como SUVs, caminhões e ônibus. O presidente ainda destacou que há sinais perturbadores vindos da Argentina que foi nosso principal destino por vários anos e que ainda foi em 2022, mas vem diminuindo drasticamente suas compras por conta das dificuldades econômicas que vem sofrendo aquele país. Só neste ano, a queda de remessas superou a casa dos 20 mil veículos em relação ao ano passado.
Em contrapartida, o sensível crescimento dos embarques para todos os outros mercados latino-americanos, em especial México, Colômbia e Chile, permitiram esse bom resultado no ano.
Na produção o crescimento foi de 5,4% em relação a 2021, com as 191,5 mil unidades que deixaram as linhas de montagem em dezembro, acima dos 4% que a ANFAVEA previa. Para este ano de 2023, a expectativa é de um aumento de 2,2% na produção de autoveículos, com 2,42 milhões de unidades. Espera-se alta de 4,2% para automóveis e comerciais leves e queda de 20,4% para caminhões e ônibus. O presidente alertou que segmento de pesados será impactado pela mudança da regra de emissões para o Proconve P8, que deve provocar um inevitável reajuste de preços.
Com relação as vendas para o mercado interno, dezembro foi o mês de maior volume de vendas no ano, com 216,9 mil unidades licenciadas, superando em 4,8% o mesmo mês do ano passado. O acumulado chegou a 2,104 milhões de unidades, apenas 0,7% abaixo do acumulado de 2021, confirmando o quadro de estabilidade que já era previsto pela ANFAVEA desde a metade do ano. Automóveis e ônibus tiveram melhor desempenho que no ano anterior, mas a queda de caminhões e comerciais leves puxou para baixo o resultado geral. Para 2023, a entidade projeta vendas de 2,17 milhões de autoveículos, uma alta de 3% sobre 2021. Mais uma vez, os leves deverão puxar o número, com elevação estimada em 4,1%, ante queda de 11,1% dos veículos pesados.
Foi apresentado ainda um quadro contendo as agendas prioritárias da entidade onde se inclui várias atitudes que deverão ser implementadas, e outras que farão parte das reivindicações da entidade junto aos órgãos competentes.
Fonte Anfavea